Última hora

Única solução para a mobilidade na Área Metropolitana do Porto é criar empresa dedicada

25 Março 2023
Única solução para a mobilidade na Área Metropolitana do Porto é criar empresa dedicada
Local
0

O presidente da Área Metropolitana do Porto (AMP), Eduardo Vítor Rodrigues, considerou hoje, na sequência da apresentação da nova imagem dos transportes na região, que a “única solução” para a mobilidade no território é criar uma empresa dedicada.
“Do meu ponto de vista, a única solução para que isto seja uma estratégia duradoura de aprofundamento gradual […] do modelo [de mobilidade e transportes] é através de uma empresa metropolitana”, disse hoje aos jornalistas o também presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia.
Eduardo Vítor Rodrigues falava aos jornalistas após a apresentação pública da nova marca dos transportes públicos rodoviários da Área Metropolitana do Porto (AMP), designada UNIR, após um concurso público para concessionar o serviço no território, com exceção do concelho do Porto, onde a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) opera em exclusividade.
“Cada coisa no seu tempo. Nós temos, em primeiro lugar, que dar objeto à empresa metropolitana, e o objeto da empresa metropolitana são os transportes metropolitanos, e por isso fizemos todo o trabalho jurídico, burocrático, de lançamento do concurso”, disse hoje o responsável metropolitano.
Por agora, segundo Eduardo Vítor Rodrigues, ainda se está “numa fase de criação da identidade visual, que permita que o cidadão se sinta verdadeiramente metropolitano, ao ver que a mesma identidade circula em Arouca e na Póvoa de Varzim”.
A apresentação de hoje também incluiu o ‘design’ dos autocarros, que deverão ser sobretudo azuis, pretos e brancos, tendo a marca UNIR, ao longo das linhas finas do logótipo, a presença de quatro cores sobre o preto: azul, amarelo, verde e terracota.
Assim, “a etapa seguinte” será “discutir o modelo organizacional” de operação da marca e da rede, que Eduardo Vítor Rodrigues considera que será “inevitavelmente” a empresa metropolitana”, mas num processo corrido “sem sofreguidão”.
“Até porque sabemos que as empresas metropolitanas, quando são constituídas, tal como as empresas municipais, geram sempre uma primeira dose de desconfiança”, considerou, pretendendo “garantir que esta é uma criação que não serve nenhum outro objetivo que não seja uma gestão mais integrada do transporte público”.
A apresentação da nova marca segue-se ao concurso público de 394 milhões de euros, adjudicado inicialmente por 307,6 milhões, que acaba com um modelo de concessões linha a linha herdado de 1948 e abrange uma nova rede uniformizada de 439 linhas, incluindo bilhete Andante, com a frota de autocarros a dever apresentar “uma imagem comum em todo o território”.
Os contratos para os cinco lotes da Área Metropolitana do Porto (AMP), Norte Nascente (Santo Tirso/Valongo/Paredes/Gondomar), Norte Poente (Póvoa de Varzim/Vila do Conde), Sul Nascente (Santa Maria da Feira/São João da Madeira/Arouca/Oliveira de Azeméis/Vale de Cambra), Sul Poente (Vila Nova de Gaia e Espinho) e Norte Centro (Maia/Matosinhos/Trofa) já foram assinados e aguardam visto do Tribunal de Contas.
Os responsáveis da Área Metropolitana do Porto (AMP) têm apontado o final do primeiro semestre como data prevista para o arranque da nova rede.