Última hora

Certificação da Camisola Poveira potencia imagem da Póvoa de Varzim dentro e fora do país

9 Setembro 2022
Certificação da Camisola Poveira potencia imagem da Póvoa de Varzim dentro e fora do país
Cultura
0

A certificação da Camisola Poveira, peça de vestuário típica da Póvoa de Varzim, potencia a imagem do concelho dentro e fora de Portugal e protege contra utilizações abusivas, disse a vereadora da Coesão Social.
No dia em que se realiza a cerimónia de certificação da Camisola Poveira, a vereadora Andrea Silva afirmou que este momento é um passo “muito importante e marcante” na história poveira, porque é o culminar de um processo que visa preservar as tradições históricas locais.
“O objetivo é apostar e proteger a imagem da Póvoa de Varzim”, sublinhou.
O facto de a camisola ser agora certificada dá aos compradores maior segurança porque sabem que estão a comprar um produto de qualidade e confecionado como antigamente, referiu.
Além disso, acrescentou, a certificação protege contra utilizações abusivas.
Andrea Silva apontou ainda a importância de manter viva a tradição e a história, passando a mesma às gerações futuras.
Neste âmbito, a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim tem vindo a apostar na formação e aprendizagem da arte de confecionar a Camisola Poveira, tal como na promoção de sessões de esclarecimento dirigidas às artesãs locais, contou.
A vereadora comentou que, até ao momento, já existem 60 artesãs certificadas e mais de 150 inscritas nas formações.
O processo de certificação da Camisola Poveira recebeu parecer positivo da Comissão Consultiva para a Certificação de Produções Artesanais Tradicionais, segundo um aviso publicado a 18 de fevereiro em Diário da República.
O organismo, que opera no âmbito do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), aceitou o pedido de registo da produção tradicional da Camisola Poveira, promovido pela Câmara Municipal, ficando definido um caderno de especificações sobre as características e processo de manufatura desta artesanal peça de vestuário.
Desde logo, e segundo consta em Diário da República, foi estabelecido que a delimitação geográfica da área de produção da camisola abrange todo o concelho da Póvoa de Varzim, e não apenas algumas freguesias específicas, considerando-se que tal “é um fator indispensável à manutenção desta produção artesanal tradicional e ao seu desenvolvimento futuro”.
Foi ainda definido que “a camisola poveira tem formato retangular de mangas compridas, com uma gola em estilo ‘mandarim’ e um decote de abertura simples, o qual é fechado por um ou três cordões feitos com o mesmo material da camisola” e que os motivos bordados na estrutura da camisola “são fundamentalmente dispostos na parte frontal, assim como nas mangas, e de forma residual também nas costas”.
Este processo de certificação da camisola foi espoletado após uma estilista norte-americana ter lançado na sua coleção uma ‘cópia’ desta peça de vestuário típica da comunidade piscatória poveira, como um artigo de inspiração mexicana.
A polémica chegou às redes sociais e, entretanto, a estilista admitiu o erro e retirou o artigo da sua loja ‘online’, pedindo desculpa à Póvoa de Varzim e às suas artesãs.