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Câmara Municipal de Vila do Conde avança com pedido de empréstimos de 3,5 milhões de euros

7 Fevereiro 2022
Câmara Municipal de Vila do Conde avança com pedido de empréstimos de 3,5 milhões de euros
Política
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A Câmara Municipal de Vila do Conde vai avançar com a contratação de três empréstimos bancários, com um valor global de 3,5 milhões de euros, para suprir necessidades de tesouraria, devido a compromissos que têm de ser liquidados este ano.
Em reunião de Câmara, onde o executivo do Partido Socialista (PS), liderado por Vítor Costa, tem a maioria, foram deliberados dois empréstimos, cada um no montante de um milhão de euros, para “financiar os valores remanescentes por liquidar das empreitadas em curso do Centro Comunitário das Caxinas e a Remodelação e Ampliação do Bairro do Farol”.
“[As empreitadas] tiveram índices baixíssimos de comparticipações comunitárias, destinadas apenas a espaços exteriores, sendo que, no caso do Bairro do Farol, é incompreensível que a empreitada não tenha integrado a Estratégia Local de Habitação, com um financiamento que poderia chegar aos 100%”, informou a Câmara Municipal de Vila do Conde, numa crítica à gestão da anterior presidente, a independente Elisa Ferraz.
O executivo agora liderado pelo socialista Vítor Costa disse, ainda, que “a evolução das receitas municipais, o agravamento de encargos correntes de funcionamento, a incapacidade anterior de atrair mais fundos comunitários e o elevado nível de compromissos transitados e assumidos no mandato passado impedem uma gestão adequada da vida municipal e impossibilitam muitas das medidas que foram projetadas”.
Nessa sequência, e segundo informou o município, será, mais tarde, contraído um outro empréstimo, de 1,5 milhões de euros, para “cômputo do nível dos fundos disponíveis e suprimento das muitas dificuldades de tesouraria”.
“A situação inusitada de assunção de um número invulgar e elevado de compromissos, que transitaram para o ano de 2022, criam um grande e indesejado bloqueio na normal condução dos assuntos municipais e no desenvolvimento das políticas que foram assumidas com a população vilacondense”, pode ler-se num comunicado da autarquia.
A anterior presidente de Câmara, Elisa Ferraz, eleita pelo movimento independente NAU, já tinha refutado as críticas de má gestão feitas pelo autarca Vítor Costa, considerando que a contratação destes empréstimos “servem para os compromissos assumidos pelo PS nas eleições e que ninguém com bom senso, e antes de conhecer as contas municipais, podia prometer”.
“Além de não ter ficado uma fatura por pagar, deixei nos cofres do município, em outubro [2021], cerca de 10 milhões de euros em caixa. Esse é o saldo que transita para 2022, e que vai acumular às normais receitas municipais ao longo do ano. Não ficou qualquer buraco financeiro”, garantiu a ex-presidente da Câmara.