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MP acusa advogado de Vila do Conde de se apoderar de herança alheia de 60.405,50 euros

5 Julho 2021
MP acusa advogado de Vila do Conde de se apoderar de herança alheia de 60.405,50 euros
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Um advogado vilacondense apoderou-se de uma herança de 60.000 euros, segundo o Ministério Público (MP) de Vila do Conde, que pediu a condenação do arguido por quatro crimes, bem como proibição de exercer a atividade e pagamento ao Estado daquele valor.
Em acusação divulgada na passada sexta feira, o procurador do processo concluiu que o advogado desviou os valores depois de ser mandatado por dois jovens, irmãos e únicos herdeiros de um cliente entretanto falecido, para dar curso aos trâmites legais relacionados com o óbito e partilhas.
“Aproveitou-se da ingenuidade e imaturidade dos jovens herdeiros para se apropriar de bens e valores que ascenderam a 60.405,50 euros”, segundo a acusação divulgada pela estrutura regional do Ministério Publico (MP) de Vila do Conde.
Os crimes por que o causídico está acusado são: dois de falsificação de documentos, um de abuso de confiança e outro de burla qualificada.
Esta não é a primeira vez que Ministério Publico (MP) acusa um causídico de prevaricação.
Em janeiro de 2021, o Tribunal de Guimarães condenou quatro arguidos a penas de prisão entre os cinco e os oito anos de cadeia, por terem realizado um violento assalto a um casal de idosos em Ribeirão, Vila Nova de Famalicão.
Os juízes consideraram que um advogado da Póvoa de Varzim, mas com escritório em Vila do Conde, terá sido o “instigador de dois crimes de roubo qualificado”, pelo que o arguido foi condenado a cinco anos e dez meses de prisão.
O juiz do processo considerou que o advogado “não partiu ossos, não fez correr sangue, mas tem de ser responsabilizado mais do que um mero comparsa, porque se não fosse o arguido não teria havido assalto”.
Os quatro homens acusados de serem os autores materiais do crime foram todos condenados. Os outros três, além do advogado, foram condenados a penas de prisão de oito anos, sete anos e dois meses e cinco anos e dez meses.
O roubo em causa ocorreu a 19 de novembro de 2019. O advogado terá indicado aos ladrões onde um casal de idosos, seus clientes, morava e tinha o cofre, em Ribeirão, Vila Nova de Famalicão.