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PSD exige alternativas e compensações pelas obras na ponte móvel de Leixões em Matosinhos

11 Maio 2021
PSD exige alternativas e compensações pelas obras na ponte móvel de Leixões em Matosinhos
Política
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O PSD quer que o Governo exija uma compensação e soluções alternativas à administração portuária pelo encerramento da ponte móvel que liga Matosinhos e Leça da Palmeira, no distrito do Porto, referiram esta segunda feira responsáveis sociais-democratas.
Em declarações, o deputado à Assembleia da República Álvaro Almeida avançou que o PSD vai questionar o executivo socialista sobre “a conduta da APDL [Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo]”, que tutela a ponte móvel, e exigir “mais transparência e alternativas de tráfego”.
O líder da concelhia do PSD de Matosinhos, Bruno Pereira, referiu que “há cerca de dois meses que é um inferno circular em Matosinhos” e que o encerramento da ponte móvel para reparação está a provocar “graves constrangimentos no comércio e empresas”.
“São setores altamente penalizados pela decisão da APDL. Tem de haver consequências: a reparação mais rápida da ponte e a APDL tem de assumir uma compensação pelo custo que esta situação significa para os matosinhenses”, defendeu.
A ponte móvel que liga Matosinhos a Leça da Palmeira fechou a 30 de março para manutenção, numa operação que estava estimada durar um mês, mas a 29 de abril o presidente da APDL anunciou que a infraestrutura iria continuar fechada durante ainda mais três semanas.
Agora, numa deslocação à ponte, uma comitiva do PSD exigiu “soluções e responsabilidade”, apontando que esta infraestrutura “tem vindo a ter avarias regulares”.
“Vamos exigir, através do Governo, que a APDL seja transparente nesta questão. Que diga à população qual é o problema, quanto tempo vai demorar e que não esteja a fazer encerramentos de 30 dias renováveis. E, também, que encontre uma solução de mobilidade entre Matosinhos e Leça da Palmeira que não tenha de passar pela [autoestrada] A28”, disse Álvaro Almeida.
Bruno Pereira criticou a APDL por esta “agir como dona do concelho de Matosinhos, quando não o é” e disse que “a questão da ponte móvel é uma vergonha”.
Está a causar “graves problemas no dia a dia aos matosinhenses, mas sobretudo os leceiros e às pessoas que vivem na zona Norte que têm grandes dificuldades de mobilidade”, acrescentou.
“É impossível circular em Matosinhos. Esta ponte era o escape porque se não vai tudo afunilar na A28 e na ligação à rotunda dos Produtos Estrela. Mas o problema da ponte móvel não são só problemas mecânicos. O asfalto da ponte já está em aço. A ponte móvel já está altamente desgastada e não é devidamente intervencionada”, criticou o líder do PSD/Matosinhos.
A ponte móvel encerrou a 30 de março para trabalhos de manutenção, nomeadamente para a mudança do cilindro do lado norte/nascente e da rótula sul/nascente.
Mas segundo revelou a APDL a 29 de abril, nos testes finais, foi detetada uma nova anomalia, o que obrigou a novos trabalhos e a adiar a reabertura.
Durante o encerramento, o transporte entre as margens é assegurado por transportes fretados pela APDL que funcionam durante 24 horas, de 10 em 10 minutos durante o dia (das 07:00 às 22:00) e de 20 em 20 minutos durante a noite (das 22:00 às 07:00).
As paragens situam-se, em Matosinhos, no acesso nascente à ponte móvel (junto à paragem da Maré de Matosinhos) e, em Leça da Palmeira, por baixo da ponte (junto à paragem dos STCP).
Desde a sua inauguração, em julho de 2007, a ponte sofreu quatro avarias, nomeadamente em 2013, 2018, 2019 e 2020 associadas à “gripagem” prematura das rótulas principais de movimentação dos tabuleiros.