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Covid-19 terá infetado 10% da população mundial

6 Outubro 2020
Covid-19 terá infetado 10% da população mundial
Política
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O novo coronavírus terá infetado 10% da população mundial, cerca de 780 milhões de pessoas, muito acima dos 35 milhões de casos oficialmente confirmados desde o início da pandemia de Covid-19, admitiu esta segunda feira a Organização Mundial de Saúde (OMS).
A estimativa foi avançada pelo diretor de emergências de saúde da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan, que revelou também que a entidade já escolheu os membros da equipa internacional que vai investigar as origens da pandemia, embora não tenha adiantado uma data para o arranque dos trabalhos.
A origem do vírus é um dos temas que mais críticas trouxe à Organização Mundial de Saúde (OMS) na resposta à pandemia, nomeadamente dos Estados Unidos, que apontou o dedo à China e a uma excessiva proximidade da organização a Pequim.
Numa intervenção na abertura de uma sessão especial do Conselho Executivo sobre a resposta ao SARS-CoV-2, o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, vincou a necessidade de acelerar a reforma da instituição ao nível da gestão de emergências, sem deixar de defender o trabalho efetuado no combate à pandemia.
Tedros Ghebreyesus valorizou a reforma que implementou nos últimos três anos na Organização Mundial de Saúde (OMS), que tinha sido acusada de subestimar a extensão da crise do Ébola na África Ocidental entre finais de 2013 e 2016. No entanto, esse trabalho não o impediu de apelar a uma reforma mais rápida da organização, sediada em Genebra, para a tornar ainda mais eficaz.
“Não estamos no caminho errado, mas precisamos de andar mais depressa. A pandemia é um despertar para todos nós”, disse Tedros Ghebreyesus, sublinhando: “todos precisamos de nos olhar ao espelho e perguntar o que podemos fazer melhor”.
Esta reunião extraordinária de dois dias do Conselho Executivo da Organização Mundial de Saúde (OMS), que reúne representantes de 34 países eleitos para um mandato de três anos e é responsável pela preparação e implementação das decisões dos membros da organização, é apenas a quinta em toda a sua história.
A reunião foi convocada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em resposta a uma resolução aprovada pelos estados membros da União Europeia em maio, que pediram uma “avaliação independente” da resposta à pandemia.
“O mundo precisa de um sistema robusto de revisão pelos pares. Encorajamos os países a apresentarem novas ideias. Temos de estar abertos à mudança e temos de implementar mudanças agora”, finalizou o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus.