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PCP ataca “escândalo da transferência de milhares de euros” de custos para o Estado

22 Maio 2020
PCP ataca “escândalo da transferência de milhares de euros” de custos para o Estado
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O secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP) atacou o “escândalo da transferência de milhares de euros” de custos com pessoal para a Segurança Social de “empresas com lucros milionários” e criticou a compra do grupo da TVI como exemplo.
Numa audição com sindicalistas na sede do Centro Vitória do Partido Comunista Português (PCP), em Lisboa, Jerónimo de Sousa defendeu a utilização de fundos públicos, por exemplo, para garantir que quem ficou em “lay off” devido à pandemia de Covid-19 receba o salário por inteiro.
E criticou “o escândalo da transferência de milhares de euros para empresas com lucros milionários e que, na primeira oportunidade, aproveitaram para transferir para os trabalhadores e para a Segurança Social uma boa parte dos seus custos.
São empresas, “muitas delas multinacionais, que beneficiam de milhões de euros de apoios públicos em projetos, que enchem a boca com a conversa da responsabilidade social, mas que agora, na primeira curva, a esqueceram, afirmou o secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP), Jerónimo de Sousa.
“Veja-se o caso de um grupo económico que meteu 500 trabalhadores em ‘lay-off’, mas que, passados poucos dias, anunciou a compra de 30% de uma grande empresa de comunicação social. Dinheiro há, como está à vista”, afirmou Jerónimo de Sousa, sem se referir diretamente à empresa Douro Azul, de Mário Ferreira, e ao grupo Media Capital, que detém a TVI.
O empresário Mário Ferreira, dono da Douro Azul e da Mystic Invest, fechou acordo com os espanhóis da Prisa para a aquisição de uma posição de cerca de 30,22% na Media Capital, a empresa que detém a TVI.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Prisa indica que o memorando de entendimento com a Pluris Investments (detida por Mário Ferreira e a mulher) visa definir “os termos e condições iniciais sob os quais as partes estão dispostas a realizar a transação”.