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Associação Portuguesa ANIMAL preocupada com sobrepopulação de canis e gatis devido à Covid-19

5 Abril 2020
Associação Portuguesa ANIMAL preocupada com sobrepopulação de canis e gatis devido à Covid-19
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A associação ANIMAL, de defesa dos animais, está preocupada com a sobrepopulação dos canis e gatis, devido à situação provocada pela Covid-19, e quer saber se é garantido o cumprimento do não abate nesses centros.
Num comunicado divulgado, a associação diz que pediu aos grupos parlamentares para que coloquem ao Governo a questão, mas também se há algum plano para gerir a sobrepopulação, já que não estão a sair animais, e ainda se está acautelado o apoio médico-veterinário a animais acidentados que sejam recolhidos ou sejam abandonados.
A ANIMAL diz que na semana passada recebeu mensagens de cidadãos sobre as normas dos centros de recolha oficiais (canis e gatis municipais), que só estão a recolher animais em casos extremos e a não deixar sair animais, devido à Covid-19.
Rita Silva, presidente da associação, diz, citada no comunicado, que são compreensíveis cuidados acrescidos no atual cenário de pandemia, mas afirma-se preocupada com a possibilidade de a situação se tornar “insustentável” com o aumento de animais nos centros, colocando em causa as condições e em risco a vida dos mesmos.
A responsável diz que a associação entende as dificuldades, e que tem “perfeita noção de que no meio desta crise, os animais não serão uma prioridade para o Governo”, mas acrescenta que ainda assim “haverá algo a fazer” e que a ANIMAL está pronta para ajudar a pensar “numa solução sensata e adequada”.
A organização diz-se ainda preocupada com os pombos das cidades, que atualmente não têm como se alimentar (comiam, diz, nas esplanadas de restaurantes), e pede que seja levantada, ainda que temporariamente, a proibição de alimentar esses animais.
Portugal registou até este domingo 295 mortes, mais 29 que no sábado, e 11.278 casos de Covid-19. São mais 754 casos que no dia anterior, correspondentes a uma taxa de crescimento de 7,2%. Há 1084 pessoas internadas, 267 nos cuidados intensivos (mais 16 que no sábado, um crescimento de 6,4%), de acordo com o boletim epidemiológico da Direcção-Geral da Saúde (DGS) deste domingo. O número de recuperados mantém-se nos 75. Há 4962 pessoas a aguardar resultado laboratorial e 23.209 estão sob vigilância das autoridades de saúde.