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António Costa diz: “nunca terei vergonha ou qualquer rebuço de dar um passo atrás”

30 Abril 2020
António Costa diz: “nunca terei vergonha ou qualquer rebuço de dar um passo atrás”
País
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O primeiro-ministro afirmou hoje que o processo de gradual levantamento das restrições por causa da Covid-19 apresenta riscos e frisou que o Governo não hesitará em dar “um passo atrás” para garantir a segurança dos portugueses.
“Nunca terei vergonha ou qualquer rebuço de dar um passo atrás se isso for necessário para garantir esse bem essencial que é a segurança dos portugueses”, declarou António Costa em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, depois de o Governo aprovar o plano de transição do Estado de Emergência, que cessa no sábado, para o Estado de Calamidade, que começa este domingo.
De acordo com o primeiro-ministro, o processo de levantamento de restrições “tem riscos – e ninguém pode ignorar a existência desses riscos”.
“Temos também consciência de que à medida que vamos reabrindo um conjunto de atividades inevitavelmente o risco de transmissão vai aumentar. Portanto, ninguém tenha ilusões de que quando passarmos a abrir uma loja o risco de contenção diminui ou será o mesmo. Seguramente o risco aumenta, o que exige maior responsabilidade de todos nós”, advertiu.
Para o efeito, António Costa reiterou que o Governo definiu “um quadro de medidas que entram em vigor de 15 em 15 dias: 4 de maio, 18 de maio e 1 de junho”.
“Antes de cada uma destas fases, procederemos novamente a uma avaliação dos efeitos que tiveram as medidas anteriormente adotadas e avaliaremos se estamos em condições de, como esperamos e desejamos, podermos dar o passo seguinte para passar à fase subsequente”, declarou o líder do executivo.
António Costa defendeu depois que este é o percurso que os cidadãos têm de fazer “com confiança”.
“Mas temos de fazer em conjunto. Os portugueses podem contar com a total determinação do Governo no sentido de adotar em qualquer momento e em quaisquer circunstâncias todas as medidas que forem necessárias para preservar a nossa saúde pública”, reforçou o primeiro-ministro.