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70% dos portugueses ignora Europeias e eleição de 21 portugueses para o Parlamento Europeu

27 Maio 2019
70% dos portugueses ignora Europeias e eleição de 21 portugueses para o Parlamento Europeu
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Cerca de 400 milhões de cidadãos europeus estavam inscritos para votar nas Eleições Europeias e escolher os seus representantes no próximo Parlamento Europeu, com Portugal a eleger 21 eurodeputados.
O processo de eleição dos 751 deputados do Parlamento Europeu para a legislatura 2019-2024 terminou ontem com a ida às urnas dos eleitores de 21 países, entre os quais Portugal. Além de Portugal, os eleitores foram ontem às urnas na Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Croácia, Chipre, Dinamarca, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Itália, Lituânia, Luxemburgo, Polónia, Roménia e Suécia.
O processo eleitoral iniciou-se na quinta feira, na Holanda e no Reino Unido, seguindo-se, na sexta feira, a Irlanda e a República Checa, onde o voto se prolongou por dois dias, e, no sábado, Letónia, Malta e Eslováquia.
Além da abstenção, que tem crescido a cada nova eleição europeia, com cerca de 70% dos portugueses a não ir votar em 2019, e, nas últimas europeias, em 2014, 57% no conjunto dos Estados-membros não votou, estas eleições estavam marcadas pela expetativa de uma maior fragmentação do Parlamento Europeu, com a coligação maioritária entre conservadores e socialistas ameaçada pelo crescimento de liberais e nacionalistas.
Outra das particularidades deste exercício eleitoral é a provável alteração da composição do hemiciclo e, consequentemente, da correlação de forças no Parlamento Europeu aquando da saída do Reino Unido da União Europeia. Até que o ‘Brexit’ se concretize, o Reino Unido elege os seus 73 eurodeputados e o Parlamento Europeu mantém os 751 lugares atuais. A partir do momento que o país deixe de ser membro, o Parlamento Europeu passa a ter 705 eurodeputados, com parte dos 73 lugares dos britânicos a serem redistribuídos por outros Estados-membros e parte a ficar numa reserva para futuros alargamentos.
Lê-se na página oficial da secretaria-geral da Administração Interna de Portugal que com os “com os resultados de inscritos e votantes já disponíveis (177 356 inscritos e 1 447 votantes) dos consulados que têm suspenso o apuramento por estarem a aguardar, para apuramento, os votos de mesas com menos de 100 eleitores, é possível concluir pela certeza da distribuição dos mandatos a atribuir na plataforma às candidaturas: PS-Partido Socialista: 9 (nove) mandatos; PPD/PSD – Partido Social Democrata 6 (seis) mandatos; B.E. – Bloco de Esquerda 2 (dois) mandatos; PCP-PEV – CDU Coligação Democrática Unitária 2 (dois) mandatos CDS/PP – CDS-Partido Popular 1 (um) mandato; PAN-PESSOAS-ANIMAIS-NATUREZA 1 (um) mandato”.
Ou seja, as contas nacionais às Eleições Europeias estão feitas e os mandatos atribuídos. O PS elegeu 9 eurodeputados, o PSD 6, o Bloco de Esquerda 2, o mesmo que a CDU, que também elegeu 2, o CDS-PP elegeu um eurodeputado, tal como o PAN, que pela primeira vez coloca um deputado no Parlamento Europeu.
Em Portugal estavam inscritos, em 2019, 10.706.591 eleitores, mas só votaram 3.313.655, perfazendo uma abstenção em Portugal de 69,05%. Em 2014, estavam inscritos 9.689.972, votaram 3.283.325 eleitores e hou uma taxa de abstenção de 66,12%.