Freguesias da Póvoa de Varzim, Beiriz e Argivai aprovam recomendação sobre transportes Unir

Política

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A Assembleia de Freguesia da Póvoa de Varzim, Beiriz e Argivai, no distrito do Porto, aprovou, por unanimidade, uma recomendação dirigida à Área Metropolitana do Porto (AMP) para que se corrija problemas decorrentes da implementação da rede transportes Unir.
A iniciativa surgiu a partir de uma moção apresentada, no órgão, pelo Bloco de Esquerda, e pretende que a Área Metropolitana do Porto (AMP), e também o município poveiro, divulgue melhor os horários e os percursos e proceda à reposição do trajeto da linha 3503, entre a Póvoa de Varzim e o Porto.
“É imperativo um rápido investimento em veiculação de informação simples e acessível sobre as linhas e horários (…) Esta confusão e a penalização de trabalhadores e estudantes não se pode manter neste nível de amadorismo que causa um transtorno imenso a quem diariamente usa o transporte público”, sustentaram os bloquistas, na moção apresentada.
No mesmo texto foi pedido à reposição do percurso da linha 3503, entre a Póvoa de Varzim e Porto, passando pela Estrada Nacional 13, Circunvalação até ao Hospital São João, algo tem sido reclamado pela comissão de utentes deste serviço.
Segundo este grupo de utilizadores, a anterior configuração da linha “permitia efetuar a viagem num tempo aceitável”, mas com novo ajuste após a entrada em funcionamento da rede Unir, o percurso aumentou “cerca de uma hora, nos momentos com maior tráfego”.
“A alteração de percurso apenas acresceu tempo à deslocação, prejudicando as pessoas que optam por viajar neste transporte público. O percurso, a partir da rotunda de Padrão de Moreira, [a ligação] passou a ser feita por ‘dentro’, passando por uma série de localidades de Matosinhos, em direção a Montes Burgos”, alertou a comissão.
Na moção apresentada na Assembleia de Freguesia poveira sobre o tema, o Bloco de Esquerda aponta que “as alterações não podem ser feitas em completo desnorte e desrespeito por quem usa [o transporte da rede Unir] e depende dele para as deslocações diárias”, e pede “a auscultação das populações, sobre a rede, com vista a corrigir e melhorar o serviço tendo em conta quem o utiliza”.
O assunto foi, também, discutido, na última reunião de Câmara da Póvoa de Varzim, onde o vice-presidente da autarquia disse estar atento, embora compreendendo que os primeiros tempos de implementação da rede, que entrou em funcionamento a 1 de dezembro, possam revelar problemas.
“Temos acompanhado o processo com atenção e preocupação, mas é preciso dar alguma folga porque é um sistema novo, e pode, no início, causar incómodos enquanto as pessoas não se habituarem”, disse Luís Diamantino.
O autarca reconheceu que a Câmara “já recebeu algumas queixas”, nomeadamente da comunidade escolar, e que já as reencaminhou para o operador.
“Houve paragens e horários que mudaram e é preciso que isso seja bem informado aos utentes do serviço. Temos ajudado no esclarecimento e vamos continuar a fazê-lo. Sempre que tivermos reclamações tentaremos resolver envolvendo o operador da rede e a Área Metropolitana do Porto (AMP)”, garantiu Luís Diamantino.