Desde dezembro do ano passado que algumas dezenas de agricultores da Póvoa de Varzim e de Esposende têm sido alvo de furtos, durante a noite, perdendo toneladas de produtos hortícolas. E nenhum seguro quer fazer face a estes prejuízos, que ascendem aos milhares de euros.
No chão dos campos e nas cercas dos produtores e agricultores têm ficado visíveis as marcas deixadas por quem ali passou e levou, por exemplo, 1.500 quilogramas de cebola, tirada da terra durante a noite.
“Tivemos um inverno rigoroso… esta cultura vai ser a primeira deste ano que vamos ter lucro e começámos o ano sem lucro”, disse João Costa, produtor de hortícolas.
Não muito longe, noutro campo de outro produtor de hortícolas, ficaram para trás menos de meia dúzia de couves coração.
“Leveram-me cerca de 500 quilos de couve coração e algumas batatas”, contou Gilberto Alves.
Desta vez, o prejuízo foi de cerca de 1.000 euros, mas não foi a primeira. Desde dezembro do ano passado, várias dezenas de produtores da Póvoa de Varzim e Esposende têm sido alvo de furtos. E a acrescer ao prejuízo, está agora o investimento em segurança e alarmes, pois nenhum seguro cobre estas perdas.
Os produtores de hortícolas da Póvoa de Varzim e de Esposende estão preocupados e temem que a onda de furtos aumente e já ponderam organizar piquetes para vigiar as explorações agrícolas durante a noite.
A Guarda Nacional Republicana (GNR) confirma que já recebeu denúncias, mas para já não há suspeitos.