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Urgência Ginecológica/Obstétrica de Leiria fechada até segunda-feira por falta de médicos

2 Novembro 2023
Urgência Ginecológica/Obstétrica de Leiria fechada até segunda-feira por falta de médicos
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A Urgência Ginecológica/Obstétrica do Centro Hospitalar de Leiria (CHL) está fechada até segunda-feira por falta de médicos, anunciou aquela unidade de saúde, que pede às utentes para em situações urgentes se dirigirem às maternidades de Coimbra.
“Informa-se que a Urgência Ginecológica/Obstétrica encontra-se encerrada entre as 9:00 de quinta-feira, dia 2 de novembro, até às 9:00 de segunda-feira, dia 6 de novembro, devido à falta de recursos humanos médicos”, lê-se numa publicação do Centro Hospitalar de Leiria (CHL).
Na mesma publicação, o Centro Hospitalar de Leiria (CHL) recomendou a todas a grávidas ou utentes com problemas urgentes do foro ginecológico que contactem a Linha SNS 24 (808242424), que “poderá dar todo o apoio especializado e encaminhamento para a unidade de saúde mais apropriada”.
“Em situações urgentes, as utentes poderão dirigir-se à Maternidade Dr. Bissaya Barreto ou à Maternidade Dr. Daniel de Matos”, ambas em Coimbra, adiantou o Centro Hospitalar de Leiria (CHL).
O Centro Hospitalar de Leiria (CHL) explicou que, “apesar dos constrangimentos anunciados e da necessidade de adaptar a sua capacidade de resposta na Urgência de Ginecologia/Obstetrícia e Bloco de Partos entre os dias 2 e 6 de novembro, continua a estar garantida toda a atividade assistencial e programada, pelo que o acompanhamento e os cuidados prestados às grávidas e utentes na área da Ginecologia, no âmbito da consulta externa, não serão afetados por esta contingência, estando assegurada a capacidade de resposta nestas áreas”.
“Os constrangimentos em causa afetarão unicamente o funcionamento da Urgência de Ginecologia/Obstetrícia e do Bloco de Partos”, precisou o Centro Hospitalar de Leiria (CHL).
O Centro Hospitalar de Leiria (CHL) divulgou que a Urgência Pediátrica “encontra-se encerrada entre as 9:00 de domingo, dia 5 de novembro, até às 9:00 de segunda-feira, dia 6 de novembro, devido à falta de recursos humanos médicos”.
Além de tornar a aconselhar o contacto com a Linha SNS 24, o Centro Hospitalar de Leiria (CHL) acrescentou que, em situações urgentes, as pessoas podem dirigir-se ao Hospital Pediátrico de Coimbra.
Na quarta-feira, o movimento “Médicos em Luta” divulgou que um total de 38 unidades hospitalares está com cerca de 90% dos seus serviços indisponíveis devido à falta de médicos para assegurar as escalas.
A porta-voz do movimento “Médicos em Luta”, Susana Costa, disse que a lista é praticamente atualizada todos os dias e que as informações sobre o impacto nos hospitais são facultadas pelos médicos.
“(…) Num serviço em que haja 20 médicos que façam trabalho extraordinário, se 50% desses médicos colocarem a minuta [de indisponibilidade para horário suplementar], a repercussão que vamos ter nas equipas tem a ver com o número de horas extraordinárias a que estes médicos estão vinculados. Se eles só fizerem seis ou 12 [horas] por semana, tem um impacto, se fizerem 24 horas extraordinárias por semana, tem outro”, salientou Susana Costa.
Ainda assim, ressalvou que “quem tem o conhecimento exato destes números e do (…) impacto” que as escusas têm nos serviços são as administrações.
A lista ‘online’ está discriminada pelo nome das unidades hospitalares e das especialidades que estão mais afetadas.
Segundo os dados dos “Médicos em Luta”, Garcia de Orta (Almada), Amadora-Sintra, Aveiro, Barcelos, Barreiro, Braga, Bragança, Castelo Branco, Caldas da Rainha e Torres Vedras, Coimbra, Leiria, Covilhã, Évora, Famalicão e Santo Tirso, Faro, Figueira da Foz, Vila Nova de Gaia, Guimarães, Guarda, Centro Hospitalar de Lisboa Central, Santa Maria (Lisboa), São Francisco Xavier (Lisboa), Beatriz Ângelo – Loures, Matosinhos, Penafiel, Portalegre e Elvas, Portimão, São João (Porto), Santo António (Porto), Póvoa de Varzim, Santa Maria da Feira, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo e Ponte de Lima, Vila Franca de Xira, Vila Real-Chaves-Lamego e Viseu serão os mais afetados.