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Marcelo Rebelo de Sousa afirma que promulgará a Lei da Eutanásia porque a Constituição o obriga

13 Maio 2023
Marcelo Rebelo de Sousa afirma que promulgará a Lei da Eutanásia porque a Constituição o obriga
Política
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou esta sexta feira que vai promulgar a Lei da Eutanásia porque a Constituição da República Portuguesa que jurou defender não deixa outra alternativa.
“Eu jurei a Constituição. A Constituição obriga o Presidente a promulgar uma Lei que vetou e que foi confirmada pela Assembleia da República (…) é o meu dever constitucional”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, à margem da sessão comemorativa do 100.º aniversário da Nestlé Portugal, que se assinalou esta sexta feira em Estarreja, no distrito de Aveiro.
Questionado sobre a confirmação por parte do Parlamento do Decreto sobre a morte medicamente assistida, que tinha sido anteriormente vetado por si, o Presidente da República antecipou que irá promulgar a Lei dentro do prazo de oito dias a contar da sua receção em Belém.
Marcelo Rebelo de Sousa recusou-se a comentar se a decisão do Parlamento constitui uma afronta ao Chefe de Estado, limitando-se a dizer que tem de cumprir a Constituição. “A Assembleia confirma, o Presidente promulga”, afirmou.
O diploma sobre a morte medicamente assistida, que tinha sido vetado pelo Presidente da República, foi confirmado esta sexta-feira com um total de 129 votos a favor, 81 votos contra e uma abstenção, resultados anunciados pelo Presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.
Votaram a favor a esmagadora maioria dos deputados das bancadas do PS, IL, BE, e os representantes do PAN e Livre.
Quanto à bancada do PSD, sete parlamentares anunciaram o voto favorável (Adão Silva, Maló de Abreu, Rosina Pereira, Hugo Carvalho, Mónica Quintela, Sofia Matos e Catarina Rocha Ferreira), mas o quadro eletrónico dos serviços registou oito.
Este total ultrapassou largamente os 116 votos necessários para a confirmação.
Votaram contra o diploma a grande maioria da bancada do PSD, os grupos parlamentares do Chega e do PCP, bem como quatro deputados do PS: João Azevedo, Cristina Sousa, Joaquim Barreto e Sobrinho Teixeira.
O Decreto contou ainda com uma abstenção, a do deputado do PSD Jorge Mendes. No total, segundo o quadro dos serviços da Assembleia, estiveram presentes em plenário 211 deputados.
Foi a quinta vez que os deputados aprovaram um decreto sobre o tema.