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Distrital do PSD do Porto acusa José Luís Carneiro de não ter “coragem para tomar medidas”

16 Abril 2023
Distrital do PSD do Porto acusa José Luís Carneiro de não ter “coragem para tomar medidas”
Política
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O Presidente da Distrital do PSD do Porto, Sérgio Humberto, afirmou que o país assiste ao “desmantelamento” das forças da segurança e acusou o Ministro da Administração Interna de não ter “poder político”, nem “coragem para tomar medidas”.
“O Ministro [da Administração Interna, José Luís Carneiro] não faz nada, não tem poder político, não tem poder de persuasão, não tem poder de influência, mas, sobretudo, não tem coragem para tomar medidas”, afirmou Sérgio Humberto.
À margem de um debate sobre os desafios da Segurança Interna no distrito do Porto, o Presidente da Distrital do PSD denunciou a falta de medidas por parte do Governo para pôr fim ao que considerou um “desmantelamento” das forças de segurança, nomeadamente, da Polícia de Segurança Pública (PSP) e da Guarda Nacional Republicana (GNR).
“Temos menos pessoas e as pessoas que temos ou estão a fazer serviços administrativos ou estão de baixa por questões de saúde mental. Não existe um apoio efetivo daquilo que é o Estado central às forças de segurança”, referiu, defendendo que se assiste também a um “aumento da perceção de insegurança” no país.
Destacando que a segurança é, a par da educação, da saúde e da justiça, “um pilar fundamental”, Sérgio Humberto acusou o Governo de “empurrar” as responsabilidades para as autarquias e de “assobiar para o lado” nesta matéria.
“Para este Governo, e isto tem persistido ao longo dos tempos, a segurança não é determinante (…) Eles estão a assobiar para o lado neste tema, não querem saber e verdadeiramente, é uma infelicidade para Portugal”, acrescentou o Presidente da Distrital do PSD do Porto, denunciando também a falta de condições e de equipamentos com que as forças policiais se deparam no dia-a-dia.
Para Sérgio Humberto, urge por isso recompensar os agentes de segurança pública, tanto a nível remuneratório, como do “ponto de vista de condições” de trabalho.
“Temos de deixar de ter palavras e passar aos atos. Estou convencido que isto é relativamente fácil, sabemos o caminho, é preciso é trilhá-lo. Há serviços que estão cristalizados e temos de caminhar para um modelo que preste a melhor segurança ao país”, defendeu.
O Presidente da Distrital do PSD do Porto adiantou ainda que deste debate resultarão projetos de resolução que serão, posteriormente, apresentados à Assembleia da República.
No debate, dedicado aos desafios que enfrenta a Segurança Interna, marcaram presença representantes dos sindicatos das forças policiais, como Paulo Santos, presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) que denunciou a “falta de negociação”, a “falta de sensibilização política”, mas também a “subordinação às Finanças”.
Também o presidente do Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL), Armando Ferreira, denunciou a falta de elementos policiais na rua.
“Estamos a fazer omeletes sem ovos”, disse, destacando, ainda, que “os quatro pilares fundamentais do país estão doentes”, referindo-se à Segurança, Saúde, Justiça e Educação.
Na sessão marcou também presença o presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) e o presidente do Observatório de Segurança Interna.