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Trofa deixa de ser o “único” município do país sem Paços do Concelho e poupa 220 mil euros

5 Novembro 2022
Trofa deixa de ser o “único” município do país sem Paços do Concelho e poupa 220 mil euros
Política
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Num investimento de 11 milhões de euros, a Trofa vai deixar de ser o “único” município do país sem Paços do Concelho próprio. E passa a poupar, anualmente, 220 mil euros em rendas de edifícios.
“O concelho da Trofa é, até à data, o único dos 308 municípios que não tinha infraestruturas próprias de Paços do Concelho. A partir de sábado deixaremos de pagar rendas anuais na ordem dos 220 mil euros, pelos vários edifícios” espalhados pela localidade que alocam os diversos serviços, começa por afirmar o presidente da Câmara da Trofa, Sérgio Humberto.
O edifício dos Paços do Concelho é a concretização de um “sonho” e “um legado” que fica para as próximas gerações, principalmente depois da criação do concelho da Trofa, a 19 de novembro de 1998, frisa o autarca social-democrata, também vice-presidente da Direção do Conselho Metropolitano da Área Metropolitana do Porto (AMP).
“É um orgulho deixar uma obra que honra todos aqueles que se deslocaram a Lisboa no dia 19 de novembro de 1998 e que, acredito, marca e marcará diferentes gerações de trofenses”, sublinha o edil.
Até à data, os serviços da Câmara Municipal da Trofa estão distribuídos por 17 espaços da localidade, passando, a partir deste sábado, a funcionar no novo edifício dos Paços do Conselho, depois da aquisição, recuperação e requalificação de uma antiga fábrica de produtos alimentares, num investimento de 11 milhões de euros.
Do bolo de 11 milhões de euros de investimento nos Paços do Concelho, um total de 1,5 milhões são financiados por fundos comunitários, adianta o autarca que espera ainda receber um subsídio de 840 mil euros, fruto do contrato programa assinado com o Ministério da Coesão Territorial.
Com este novo espaço, “o município passa a ter uma poupança anual de 220 mil euros em rendas“, realça o autarca que tem previsto para a autarquia 60 milhões de orçamento para 2023, mais meio milhão do que no atual ano.
Eleito presidente da Câmara Municipal da Trofa a 29 de setembro de 2013, e reeleito a 1 de outubro de 2017 e a 26 de setembro de 2021 com maioria absoluta, Sérgio Humberto diz que, quando tomou as rédeas do concelho, há nove anos, só em rendas a autarquia gastava 340 mil euros que, entretanto, conseguiu baixar para os atuais 220 mil euros.
“O município da Trofa era o segundo mais endividado do país há nove anos quando assumi as funções de presidente da Câmara”, adianta Sérgio Humberto, assegurando que “agora está entre os 50 mais estáveis financeiramente“.
O novo edifício é autossustentável do ponto de vista energético e de consumo de água.