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CDS-PP quer fim de certificado Covid-19 em restaurantes e descida do IVA do setor para os 6%

24 Janeiro 2022
CDS-PP quer fim de certificado Covid-19 em restaurantes e descida do IVA do setor para os 6%
Política
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O CDS-PP defendeu este domingo que deve deixar de ser obrigatória a apresentação do certificado de vacinação ou de recuperação da Covid-19 para aceder a restaurantes e quer a descida do IVA da restauração para os 6%.
O presidente do partido esteve reunido com a Associação Nacional de Restaurantes (Pro.Var) em Matosinhos, numa ação integrada na campanha para as Eleições Legislativas do próximo domingo.
Em declarações no final, Francisco Rodrigues dos Santos considerou que “já é tempo de deixarem de exigir aos restaurantes o controlo e a fiscalização dos certificados digitais”.
“Para mim já tinha acabado o certificado digital”, salientou, defendendo que “esta é uma responsabilidade que deve impender sobre as pessoas, que possam aceder livremente a este tipo de estabelecimentos, para que esta prática possa estar mais desregulada no sentido de liberalizar o acesso aos restaurantes”.
Questionado sobre o facto de o país estar a registar diariamente novos recordes de casos de Covid-19, o presidente do CDS-PP afirmou que “tem havido um aumento no número de casos, é certo, mas não tem existido um incremento significativo e preocupante ao nível de internamentos e número de mortes”.
Na sua opinião, “o que é verdadeiramente importante” é “reforçar a terceira dose da vacinação para todos os portugueses com a mesma responsabilidade e o mesmo compromisso e o mesmo sentido cívico com que aderiram à vacinação anterior”.
“O que eu acho fundamental é que o país tem de finalmente olhar em frente, porque é normal que haja um certo recrudescimento de novas variantes, sobretudo nas estações frias”, defendeu, salientando que “Portugal tem que dar o passo em frente com a mesma responsabilidade e a mesma liberdade como os portugueses encararam as várias fases da pandemia nos períodos anteriores”.
Na ocasião, o líder centrista defendeu também a redução do IVA da restauração para 6%, “de modo a que os seus negócios possam crescer e haja acumulação de poupanças para reinvestir na sua atividade”.
Esta, explicou Francisco Rodrigues dos Santos, “seria uma proposta definitiva para o setor”, porque “até a nível de receita fiscal o país iria crescer, a economia ia estar mais forte, iam criar-se mais postos de trabalho e seria benéfico para a economia no seu todo”.
O CDS-PP propõe também que, “durante um período transitório, o aumento dos salários dos trabalhadores não seja acompanhado por um aumento das contribuições em sede de TSU, porque o setor tem sido muito afetado pela escassez de mão de obra e tem que pagar bons salários para ter produtividade”.
O centrista disse ainda ser “fundamental criar linhas específicas a fundo perdido, de modo a compensar todas as dívidas que acumularam ao longo de todo este tempo”.
Apontando que estes empresários foram “fortemente penalizados” pela pandemia e as medidas decretadas, Francisco Rodrigues dos Santos criticou que foram “o saco de boxe e de pancada” do Governo.
Por isso, o CDS-PP propõe “medidas concretas que visam ajudar esse setor, que foi muito afetado, a recuperar no período pós pandemia”.