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Candidatura da construção naval em madeira de Vila do Conde a património cultural em debate

6 Outubro 2021
Candidatura da construção naval em madeira de Vila do Conde a património cultural em debate
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A candidatura das técnicas de construção e reparação naval em madeira de Vila do Conde ao inventário nacional do património cultural imaterial entrou em período de consulta pública, informou a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).
Numa publicação em Diário da República, o organismo explica que este período de consulta pública tem a duração de 30 dias, sendo que os elementos constantes do processo de inventariação da manifestação podem ser consultados, por via digital, no site da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).
“As observações em sede da presente consulta pública poderão ser apresentadas, de forma desmaterializada, através daquele sistema, podendo igualmente, em alternativa, ser endereçadas, em correio registado, à Direção-Geral do Património Cultural”, esclareceu o organismo.
A Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) explicou, ainda, que vai decidir sobre o pedido de inventariação da manifestação das técnicas de construção e reparação naval em madeira de Vila do Conde “no prazo de 120 dias após a conclusão do período da presente consulta pública”.
O processo iniciou-se em 2016, através da Câmara Municipal de Vila do Conde, que pretende ver formalmente reconhecida esta secular arte de construção naval que se desenvolve no concelho.
Na altura, a autarquia vilacondense esclareceu que “o pedido de inventário foi registado como salvaguarda urgente, destinado à proteção legal de manifestações em risco de desaparecimento a curto e médio prazo”.
“Desta forma, esperamos poder ajudar a travar o declínio desta atividade ainda tão importante e tão identitária de Vila do Conde, assumindo as ações de salvaguarda e valorização como fundamentais no compromisso entre o Município, os Estaleiros de construção naval de Azurara e Poça da Barca e a comunidade vilacondense”, explicou na altura a Câmara Municipal.
Este primeiro passo de inscrever a arte naval no inventário nacional é um mecanismo indispensável para a candidatura que a autarquia de Vila do Conde pretende fazer, numa fase posterior, à Lista Representativa de Património Cultural Imaterial da Humanidade, pela convenção da UNESCO.