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Carlos César reivindica papel do PS na construção da democracia e no combate à corrupção

20 Abril 2021
Carlos César reivindica papel do PS na construção da democracia e no combate à corrupção
Política
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O presidente do PS, Carlos César, defendeu esta segunda feira que se deveu ao partido o aprofundamento da democracia e os avanços no combate à corrupção, embora admitindo “desvios”, “erros” e “omissões num ou outro momento da sua história”.
“Sem iludir os desvios às melhores práticas, os erros ou omissões que num ou noutro momento da nossa história aconteceram, podemos dizer que estivemos nos impulsos da modernização essenciais e nos grandes avanços que o país conheceu”, afirmou César numa sessão, em Lisboa, evocativa dos 48 anos do partido, centrada na experiência do poder local socialista.
Sem nunca mencionar o caso José Sócrates, o ex-líder do PS envolvido na Operação Marquês, Carlos César recordou que os “grandes avanços legislativos no combate pela transparência”, mas também “o reforço da independência do poder judicial”, os avanços no “estatuto da autonomia do Ministério Público” ou na “legislação do combate à corrupção”.
“Esse e tantos outros avanços – é bom lembrar – deveram-se à iniciativa ou à aprovação do PS”, disse Carlos César, no seu discurso de abertura, ao lado de António Costa, atual secretário-geral dos socialistas e primeiro-ministro de Portugal.
Nunca o ex-líder parlamentar dos socialistas se referiu a José Sócrates, mas a imagem do ex-primeiro-ministro, que se desfiliou do PS, surgiu num filme exibido antes da sessão, com que o partido homenageou o antigo dirigente socialista Jorge Coelho.
O antigo presidente do Governo Regional dos Açores fez um elogio ao fundador do PS Mário Soares e à sua importância para o partido, que se tornou “uma referência incontornável”, um “partido essencial da consolidação do Portugal democrático, do Portugal europeu, justo e avançado”.
Os socialistas, disse, estiveram “nos impulsos mobilizadores” pelo país e são “um porto de abrigo de confiança dos portugueses”. E fez um elogio a António Costa que, “nestes tempos difíceis”, numa referência à crise pandémica, no último ano, pela sua “coragem, qualidade de liderança, maturidade e capacidade de trabalho, “(…) tem sido um dos principais fatores de confiança nas instituições”.
Para o futuro, afirmou que os “tempos aconselham” um “aprofundamento” da democracia, que “não se confina aos aspetos instrumentais nem ao exercício das liberdades, de igualdade jurídica entre os cidadãos” e que deve “ganhar novos conteúdos.
Numa sessão centrada na história do PS e na experiência autárquica de 48 anos, o partido quis homenagear os 115 presidentes de câmara, parte deles já desaparecidos, estando presentes cerca de 20, entre eles Rui Nabeiro (Campo Maior) e Fernando Gomes (Vila do Conde).