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Bastonário da Ordem dos Médicos apela a portugueses para não terem medo de se vacinar

27 Dezembro 2020
Bastonário da Ordem dos Médicos apela a portugueses para não terem medo de se vacinar
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O bastonário da Ordem dos Médicos (OM), Miguel Guimarães, que esta manhã foi vacinado contra a Covid-19 no Hospital de São João no Porto, aproveitou para apelar aos portugueses para que “não tenham medo de se vacinar”.
“O repto que deixo aos portugueses é que não tenham medo de se vacinar”, disse Miguel Guimarães, considerando que este é “um ato de cidadania”.
O bastonário da Ordem dos Médicos (OM) é médico urologista do Centro Hospitalar e Universitário de São João, tendo sido convocado pela administração desta unidade hospitalar para a primeira fase de vacinação contra a Covid-19 pela sua atividade na área da transplantação renal.
Miguel Guimarães foi vacinado cerca das 11:45. Aos jornalistas relatou que “foi rapidíssimo, não dá dor nenhuma e a administração é extremamente simples”.
“Já fiz outras vacinas, há vacinas mais dolorosas, não é o caso desta, esta é uma vacina muito simples, bem aplicada, sem qualquer tipo de problema”, descreveu o bastonário da Ordem dos Médicos (OM).
Miguel Guimarães recordou que “a imunidade demora tempo a chegar” e que “vai ser preciso fazer segunda dose dia 17 de janeiro” e que “a partir daí, sim, a imunidade fica mais reforçada”.
“Há que utilizar todos os meios de proteção individual e coletiva”, frisou, acrescentando que “à medida que todos vão sendo vacinados, todos vão ficando mais protegidos e conseguir-se-á atingir a imunidade de grupo, o que significa na prática ganhar o combate a este vírus”.
O bastonário considerou que o momento de hoje, o arranque do Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19 que ocorre em cinco centros hospitalares do país – São João e Santo António, no Porto, Hospital de Coimbra, bem como Lisboa Norte e Lisboa Central – e conta com o acompanhamento da Ministra da Saúde, Marta Temido, é “um ato simbólico” que poderá “ajudar” os portugueses mais indecisos.
“Estou seguro de que vai ajudar. Hoje é um ato simbólico. É um sinal de grande esperança para todos nós e motivo para dizermos presente, ou seja, para nos apresentarmos e vacinarmos a pensar nas outras pessoas e nos doentes e nas pessoas mais frágeis, pensar em diminuir a mortalidade da doença e a contagiosidade da própria doença”, concluiu o bastonário da Ordem dos Médicos (OM) Miguel Guimarães.
À semelhança de outros países da União Europeia, em Portugal a vacina é facultativa, gratuita e universal, sendo assegurada pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Só hoje, no Hospital de São João a mega-operação de vacinação mobiliza cerca de 100 profissionais, decorre ao longo de 10 horas em 25 pontos de vacinação a trabalhar em simultâneo.
Só neste hospital serão administradas 2.125 vacinas contra a Covid-19 a médicos, enfermeiros, assistentes operacionais e técnicos de diagnóstico e terapêutica de serviços referenciados pela Direção-Geral da Saúde (DGS).