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PCP questiona Governo sobre surto de Legionella em Vila do Conde, Póvoa de Varzim e Matosinhos

13 Novembro 2020
PCP questiona Governo sobre surto de Legionella em Vila do Conde, Póvoa de Varzim e Matosinhos
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O PCP questionou esta quinta feira o Governo sobre a origem do surto de Legionella que matou, no distrito do Porto, sete pessoas e infetou 72, solicitando esclarecimentos sobre as medidas de acompanhamento e prevenção em curso.
Desde o início do surto, a 30 de outubro, já morreram sete pessoas das 72 que foram diagnosticadas com a doença, sendo que 39 continuam internadas em três hospitais do distrito do Porto.
Esta quinta feira foram detetados mais cinco novos casos pelo Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos.
O surto de Legionella está a afetar os concelhos de Matosinhos, Póvoa de Varzim e Vila do Conde, sendo que este último já descartou a possibilidade de estar relacionado com a água de consumo doméstico da rede pública do município.
No requerimento dirigido à ministra da Saúde, Marta Temido, os deputados começam por salientar a “gravidade” da situação, considerando o surto de Covid-19 e sua incidência na região Norte.
De acordo com os comunistas, perante o momento atual e a necessidade de se atender ao surto de Legionella, importa saber que acompanhamento está a ser feito e que medidas estão a ser tomadas para rastreamento e prevenção, mas também que informações tem o Governo sobre a origem do surto.
No documento, assinado pelos deputados Diana Ferreira, Ana Mesquita, Paula Santos e João Dias, o PCP critica o desinvestimento dos sucessivos governos no Serviço Nacional de Saúde (SNS), lamentando que só perante um contexto de surto epidémico se tenha procedido ao reforço das respostas de saúde pública.
“Habitualmente, a resposta de saúde pública é reativa face aos acontecimentos (como foram exemplos anteriores de surtos de Legionella e o atual surto de Covid-19) acompanhando os fenómenos depois da sua eclosão e pondo em evidência a fragilidade da prevenção primária”, assinala o PCP.
Esta quinta feira, a presidente da Câmara de Vila do Conde descartou que o foco de Legionella que está a afetar o concelho esteja relacionado com a água de consumo doméstico, distribuída na rede pública.
Elisa Ferraz confirmou que o foco de infeção ainda não foi descoberto, mas garantiu que a autarquia “está na linha da frente para o detetar”, embora reconhecendo que é um “processo difícil e complexo”.