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Legionella em Vila do Conde, Póvoa de Varzim e Matosinhos “é compatível com fonte ambiental”

17 Novembro 2020
Legionella em Vila do Conde, Póvoa de Varzim e Matosinhos “é compatível com fonte ambiental”
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A Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N) admitiu esta terça feira que a dispersão geográfica de casos de Legionella diagnosticados nos concelhos de Vila do Conde, Póvoa de Varzim e Matosinhos “é compatível com uma eventual fonte ambiental”.
Num comunicado, a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N) esclareceu que, desde 29 de outubro, foram registados 97 pessoas que contraíram a doença, sendo que 72 são associadas aos concelhos litorais de Vila do Conde, Póvoa de Varzim e Matosinhos.
“A dispersão geográfica dos casos é compatível com uma eventual fonte ambiental sujeita aos efeitos das alterações climáticas da depressão Bárbara, que se verificou em território nacional durante o período de incubação dos referidos casos”, explica a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N).
A entidade garantiu que “as Autoridades de Saúde locais estão a desenvolver a investigação epidemiológica e ambiental, de acordo com as normas e orientações da Direção-Geral da Saúde [DGS]”, e que, embora ainda não tenha sido detetada a origem do surto, já foram tomadas medidas preventivas.
“Decorrente dessa investigação e como medida cautelar, a Autoridade de Saúde da ULS [Unidade Local de Saúde] de Matosinhos, procedeu à suspensão do funcionamento das torres de refrigeração de duas indústrias, localizadas no concelho de Matosinhos”, é descrito no mesmo texto.
A Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N) garantiu, por fim, que “continuará atenta à evolução da situação e tomará as medidas adicionais que se revelem necessárias ao seu controlo”.
O surto de Legionella que está afetar os concelhos de Vila do Conde, Póvoa de Varzim e Matosinhos já causou nove mortes, sendo que 24 pessoas ainda se encontram internadas em três hospitais da região.
Na semana passada, o Ministério Público anunciou a abertura de um inquérito para investigar as causas do surto, que se mantém com origem desconhecida.
Hoje, a Câmara de Vila do Conde garantiu que as análises feitas à rede de água pública do concelho deram negativo à presença da bactéria.