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Vigília na Praça Vasco da Gama de Vila do Conde solicita “fundo de emergência” para a Cultura

21 Maio 2020
Vigília na Praça Vasco da Gama de Vila do Conde solicita “fundo de emergência” para a Cultura
Cultura
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A “Vigília Cultura e Artes”, criada para denunciar dificuldades no setor devido à pandemia de Covid-19, arrancou hoje em 16 cidades do país, com turnos de 10 manifestantes a criticar a tutela, por criar um “concurso” em vez dum “fundo de emergência”.
Nesta manhã de quinta feira, na Praça Vasco da Gama, em Vila do Conde, um grupo de artistas vilacondenses aderiu à vigília pela Cultura e Arte, que aconteceu hoje um pouco por todo o país. O objetivo era mostrar indignação pelas condições em que vivem atualmente, bem como reivindicar apoios e legislação que defina o estatuto do artista intermitente.
Por causa da Covid-19, os espaços culturais começaram a encerrar e a adiar ou cancelar espetáculos no início de março passado.
De acordo com um inquérito promovido pelo Sindicato dos Trabalhadores de Espetáculos, Audiovisual e Músicos, com resultados anunciados no início de abril, 98% dos trabalhadores de espetáculos viram trabalhos cancelados e, 33%, por mais de 30 dias.
Em termos financeiros, para as 1.300 pessoas que responderam ao questionário, as perdas por trabalhos cancelados representam dois milhões de euros, apenas para o período entre março e maio deste ano.
Em resposta, o Governo criou uma linha de apoio de emergência, com uma dotação inicial de um milhão de euros, reforçada entretanto com 700 mil euros, que vai apoiar 311 projetos em 1.025 pedidos recebidos. Foi ainda anunciado um apoio de 400 mil euros na área do livro e agilização de procedimentos no acesso a concursos de apoio ao cinema.
Hoje, um grupo de profissionais da Cultura e das Artes de Vila do Conde esteve na “Vigília Cultura e Artes”, na Praça Vasco da Gama, em frente ao edifício da Câmara Municipal.
Em Vila do Conde, a ação foi encabeçada por Pedro Correia e Alexandre Sá, que anunciam “uma ação consciente e que cumpre as normas de segurança em vigor, por conta do estado de calamidade devido à pandemia Covid-19”.
A “Vigília Cultura e Artes” tem como objetivo alertar e dar voz à luta travada “por todos os profissionais da Cultura e das Artes que ficaram sem qualquer fonte de rendimento ou que, perante as escassas medidas implementadas pelo Estado e Ministério da Cultura, não encontraram nas mesmas apoio suficiente”.
A aprovação de um fundo de emergência efetivamente capaz de fazer face à presente situação, o reconhecimento das profissões ligadas à Cultura e à Arte, a criação de um estatuto que garanta uma proteção eficaz a todos os que nelas trabalham e a criação de uma política cultural ajustada às necessidades do setor são algumas das reivindicações que estão agora na base da “Vigília Cultura e Artes”.