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Retoma da atividade normal em Portugal vai ser feita sem desguarnecer resposta à Covid-19

5 Maio 2020
Retoma da atividade normal em Portugal vai ser feita sem desguarnecer resposta à Covid-19
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A Ministra da Saúde anunciou que será publicado um despacho com indicações sobre a retoma da atividade regular nas Instituições de Saúde e que essa será feita sem desguarnecer a resposta à Covid-19.
“Dentro das próximas horas publicaremos um despacho que estamos a preparar no Ministério da Saúde com novas orientações referentes à forma como vamos fazer este regresso à normalidade e depois vamos implementar ao nível institucional os nossos planos de regresso à atividade não Covid”, disse Marta Temido, na conferência de imprensa, em Lisboa, em que apresenta os dados atualizados relacionados com a doença Covid-19.
Segundo a Ministra da Saúde, essas orientações serão feitas “dentro daquilo que é o contexto epidemiológico específico de cada Instituição” e com regras uniformes para todo o país.
Contudo, acrescentou, o regresso da atividade normal acontecerá “não desguarnecendo a resposta à Covid-19” e a eventual necessidade de alocação de recursos técnicos e humanos necessários a um recrudescimento da doença.
Além disso, continuarão a praticar-se medidas de segurança quer para os profissionais quer para os utentes dos Serviços de Saúde.
Assim, continuará o uso de Equipamentos de Proteção Individual, a realização de testes à Covid-19, as consultas serão com hora marcada e com horários desfasados e será privilegiado o atendimento à distância.
Questionada sobre se serão prolongados os contratos de trabalho de quatro meses feitos a Profissionais de Saúde no combate à Covid-19, a Ministra disse que os contratos já prevêem prorrogação por igual período e considerou que, num momento em que o Serviço Nacional de Saúde se prepara para a retoma da atividade regular, “a manutenção de contratos é muito importante”.
Quanto a ventiladores, afirmou que no início de março foram contabilizados 1.142 ventiladores invasivos no Serviço Nacional de Saúde para serem alocados à Covid-19 e que “a estes acresciam, à data de 30 de abril, um conjunto de outros ventiladores – entre compras, doação e recuperados – que somavam 1.814”.
Na próxima semana, indicou, deverão chegar mais 48 ventiladores dos comprados ao exterior.
Já questionada sobre as comemorações da CGTP no Dia do Trabalhador, a Ministra da Saúde afirmou que o Decreto Presidencial do Estado de Emergência o permitiu e que foi feito um “evento bastante diferente” do formato habitual, com as pessoas distantes, muitas de máscara e menos tempo do que habitual.
“Noutros países as comemorações foram marcadas por incidentes e recurso à força. Nesta comparação reside alguma da justificação para a forma como encontramos o modo de organizar este momento distintivo da nossa vida como um todo”, afirmou Marta Temido.