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Presidente da China Xi Jinping anuncia assistência financeira aos países afectados pela Covid-19

18 Maio 2020
Presidente da China Xi Jinping anuncia assistência financeira aos países afectados pela Covid-19
Política
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O Presidente Chinês, Xi Jinping, anunciou ontem, na reunião anual da Organização Mundial da Saúde (OMS), que a China vai oferecer dois mil milhões de dólares em assistência aos países afetados pela pandemia da Covid-19, sobretudo aos mais pobres.
O líder chinês apontou ainda que potenciais vacinas que a China consiga desenvolver contra a doença, que causou já mais de 300.000 mortes em todo o mundo, “vão estar disponíveis como um bem público globalmente para que sejam acessíveis a todos os países em desenvolvimento”.
Xi Jinping garantiu que a China vai trabalhar em conjunto com as restantes economias do G20 para acordar uma moratória da dívida dos países mais pobres, como parte das medidas para superar a atual crise económica provocada pela pandemia do novo coronavírus.
O apoio financeiro, cerca de 1,85 mil milhões de euros, será distribuído num prazo de dois anos, numa altura em que o Governo norte-americano suspendeu os pagamentos à Organização Mundial de Saúde (OMS), por alegada má gestão na pandemia da Covid-19.
No seu discurso na assembleia da Organização Mundial de Saúde (OMS), Xi Jinping assegurou que a China forneceu todos os dados relevantes sobre a doença à Organização Mundial de Saúde (OMS) e a outros países, incluindo a sequência genética do vírus, “da forma mais oportuna”.
“Compartilhamos a experiência sobre o controlo e tratamento com o mundo sem reservas. Fizemos tudo ao nosso alcance para apoiar e ajudar os países atingidos”, apontou Xi Jinping.
O bloco dos 27 membros da União Europeia e outros países pediram durante a assembleia uma avaliação independente da resposta inicial da Organização Mundial de Saúde (OMS) à pandemia do novo coronavírus “para rever a experiência adquirida e as lições aprendidas”.
A resolução da União Europeia propõe que a avaliação independente seja iniciada “o mais rapidamente possível” e deve, entre outras questões, examinar “as ações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e os seus cronogramas referentes à pandemia”.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou que o surto do novo coronavírus seria uma emergência de saúde global em 30 de janeiro, o seu nível mais alto de alerta. Nas semanas seguintes, a Organização Mundial de Saúde (OMS) advertiu os países de que havia uma “janela de oportunidade” estreita para impedir que o vírus se espalhasse globalmente.
As autoridades da Organização Mundial de Saúde (OMS), no entanto, descreveram repetidamente a transmissão do vírus como “limitada”, apontando que não era tão transmissível como a gripe, apesar de vários especialistas afirmaram que o nível de contágio da doença é muito superior.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que o surto era uma pandemia em 11 de março, depois de o vírus matar milhares em todo o mundo e provocar grandes surtos na Coreia do Sul, Itália, Irão ou Espanha.
Xi Jinping disse que também apoia a ideia de uma revisão abrangente da resposta global ao Covid-19.
“Este trabalho deve ser baseado na ciência e profissionalismo, liderado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e conduzido de maneira objetiva e imparcial”, defendeu o Presidente da China.