Bolsa de Wall Street começa sem rumo semana rica de indicadores económicos e expetativas

Economia

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A bolsa nova-iorquina encerrou ontem em ordem dispersa, no início de uma semana em que devem ser divulgados vários indicadores do impacto da pandemia de Covid-19 na economia norte-americana, mas também sinais de regresso progressivo da atividade às empresas.
Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average recuou 0,45%, para os 24.221,99 pontos, ao passo que o tecnológico Nasdaq ganhou 0,78%, para os 9.192,34.
Já o alargado S&P500 praticamente não variou, com um crescimento de 0,01%, para as 2.930,19 unidades.
Estes índices tiveram um avanço sólido na semana passada e já progrediram mais de 30% desde o final de março, apesar da acumulação de indicadores e resultados de empresas que mostram que a economia foi afetada pelas medidas impostas para procurar conter a propagação da Covid-19.
Por exemplo, nos Estados Unidos da América, a taxa de desemprego, que era de 3,5% em fevereiro, subiu para 14,7% em abril, com a economia dos EUA a perder em dois meses a quase totalidade dos empregos que criara em 10 anos de crescimento.
“Os investidores continuam a acompanhar, mas sem lhe dedicar muita atenção, a situação da economia, para se concentrarem na reabertura da atividade”, observou Mike Turvey, da TD Ameritrade.
Neste sentido, vão focar-se na série de estatísticas que vão ser divulgadas nos próximos dias, como as relativas à inflação, às vendas do comércio de retalho e à confiança dos consumidores, mas também vão acompanhar a forma como o desconfinamento vai ocorrer em várias partes do mundo, como a reabertura do parque Disneyland de Xangai ou de várias lojas da Apple, prevista para esta semana nos EUA.
“Informações sobre o reaparecimento de novos casos em Wuhan, na China, e na Coreia do Sul minam um pouco o seu otimismo”, relativizaram os analistas da Charles Schwab.