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Póvoa de Varzim admite fiscalização nas praias e concessionários podem perder receitas

23 Abril 2020
Póvoa de Varzim admite fiscalização nas praias e concessionários podem perder receitas
Economia
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O Primeiro-ministro António Costa disse que no próximo verão “haverá restrições nas praias”. As praias nacionais vão ter lotação máxima de banhistas durante a época balnear, na sequência da pandemia de Covid-19, calculada em função da capacidade de cada praia, para manter o distanciamento social.
Aires Pereira, presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, disse que ao Governo “basta dar instruções à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), para na altura em que estiverem a fazer os editais de praia, condicionar as ocupações de verão e do domínio publico, que há todo o ano, com as concessões e também as esplanadas”, explicando que sendo as praias poveiras “muito procuradas, fundamentalmente entre 15 de julho e o final do mês de agosto, o Sr. Primeiro-ministro dispõe de instrumentos necessários para fazer cumprir essa sua determinação”.
Aires Pereira referiu que “são praias com concessões, sujeitas a um edital de praia que limita o que pode ser a ocupação de praia sob o ponto de vista das barracas, ou seja do espaço concessionado, quer do ponto de vista da praia livre”, adiantando que “as autarquias que há muito vêm reclamando a isenção de puderem ter responsabilidades na administração desta parte do território e que compete à APA e a fiscalização à Polícia Marítima e terá que haver um reforço de meios, quer seja através dos fuzileiros ou dos polícias marítimos para intensificar essa fiscalização, que eu temo nos períodos de maior calor que as pessoas que vêm de muitos lados, seja difícil controlar o acesso e o número de pessoas que vão estar em permanência nas praias”.
Aires Pereira disse, ainda, que “enquanto não houver uma vacina, vamos estar sujeitos a estas condicionantes e o Primeiro-ministro, como o povo diz tem a faca e o queijo na mão para fazer as determinações necessárias para condicionar o acesso às praias concessionadas, e era importante que seja tomada cedo a decisão porque os concessionários têm de contratar nadadores-salvadores e outros meios, e a praia com menos gente corresponde a uma perda de receita e os concessionários têm que refletir sobre a época balnear”.