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Presidente de Cabo Verde defende na Póvoa de Varzim que há potencialidades na CPLP

22 Fevereiro 2019
Presidente de Cabo Verde defende na Póvoa de Varzim que há potencialidades na CPLP
Cultura
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O Presidente da República de Cabo Verde e presidente em exercício da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) defendeu na Póvoa de Varzim que aquela comunidade “tem potencialidades que ainda não foram exploradas a fundo” e pediu mais envolvimento.
Jorge Carlos Fonseca, que proferiu a conferência de abertura do Correntes D’Escritas, encontro de escritores de expressão ibérica, que se realiza na Póvoa de Varzim, apontou que é preciso um “envolvimento mais determinado” entre os países da CPLP.
“Somos perto de 300 milhões de cidadãos pertencentes a esta comunidade, e temos potencialidades que talvez ainda não exploramos a fundo. Podemos ter um papel muito mais relevante na política internacional”, disse Jorge Carlos Fonseca.
O Presidente cabo-verdiano, que se encontrava em visita oficial a Portugal, reconheceu, ainda assim, que tem sido feito “um bom caminho” para a maior relevância da CPLP, apontando que “o discurso crítico que possa surgir tem de servir como estímulo para que se acredite é preciso fazer mais”.
“Temos um grande trunfo, de sermos nove países, que estão em espaços geográficos diferentes, na Europa, América e África. Para haver uma maior aproximação dos povos é preciso mobilidade, abertura de caminhos e circulação entre todos nós no grande espaço que é nossa comunidade”, analisou o chefe de Estado.
Para contribuir para o fortalecimento dessas pontes, Jorge Carlos Fonseca lançou, no Correntes D’Escritas, um livro de poemas, da sua autoria, com o título “A Sedutora Tinta de Minhas Noutes”.
“Espero que ajude a cimentar relações de cumplicidade, acelerando o passo para que este grande território da CPLP seja, cada vez mais, um território de criatividade, de cultura, de língua, de negócios e parcerias económicas, para podermos falar, cada vez mais, com uma voz comum”, vincou.
Desafiado a definir-se como um ‘Presidente escritor’, ou um ‘escritor Presidente’, Jorge Carlos Fonseca falou em duas atividades que, na sua pessoa, se complementam.
“Como Presidente procuro sempre arejar a minha ação política com a escrita, com a literatura, e com o que é esteticamente estimulante. Mas também é visível nos meus escritos, depois de ser Presidente, que há muitos ingredientes, trabalhados poeticamente, que tem que ver com um exercício de uma presidência que tento que seja próxima das pessoas”, considerou.
Na apresentação do seu livro no Correntes D’Escritas, o chefe de Estado de Cabo Verde contou a com a presença do Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa.