Última hora

Ex-Delegado de Saúde de Vila do Conde e da Póvoa de Varzim com reforma suspensa por assédio sexual

17 Janeiro 2019
Ex-Delegado de Saúde de Vila do Conde e da Póvoa de Varzim com reforma suspensa por assédio sexual
Local
0

Rui Jorge Costa, ex-Delegado de Saúde de Vila do Conde e da Póvoa de Varzim, viu negado um recurso ao resultado de um inquérito interno por alegada prática de assédio sexual e, consequentemente, vai ter de cumprir uma suspensão de 90 dias, mas, como já está reformado, a pena foi convertida em perda de pensão durante esses três meses.
Sandra Cavaca, Secretária-Geral do Ministério da Saúde, negou provimento ao recurso por entender que ficou “demonstrada e provada”, a “prática continuada de assédio sexual”.
Os alegados factos terão ocorrido entre 2014 e 2016, altura em que funcionárias e médicas fizeram queixa do seu superior, na ocasião coordenador da Unidade de Saúde Pública do Agrupamento dos Centros de Saúde de Vila do Conde e da Póvoa de Varzim.
A Administração Regional de Saúde do Norte tinha solicitado a suspensão do profissional e o seu afastamento do cargo, mas o visado, que sempre negou as acusações, pediu a reforma e recorreu da medida, recurso que agora é negado.
A Administração Regional de Saúde do Norte e o Agrupamento de Centros de Saúde não comunicaram o caso ao Ministério Público e o médico acabou por se reformar com quase quatro mil euros mensais (3962,20 euros).
O processo disciplinar da Administração Regional de Saúde do Norte instaurado a Rui Jorge Costa, coordenador da Unidade de Saúde Pública do Agrupamento de Centros de Saúde de Vila do Conde e da Póvoa de Varzim, determinou que o mesmo “praticou, de forma continuada, assédio sexual” e que “violou o dever geral de correção” e, por isso, é considerado culpado, mas o caso não foi participado ao Ministério Público.
Na origem do relatório da Administração Regional de Saúde do Norte estão as queixas que, em 2016, oito funcionárias, “desde empregadas de limpeza a médicas”, apresentaram ao Serviço de Segurança e Saúde no Trabalho da Administração Regional de Saúde do Norte.
Nessa altura, as alegadas vítimas de Rui Jorge Costa relataram casos de propostas de natureza sexual, piropos, tentativas de agarrar e beijar e até de as pôr a ver filmes pornográficos.