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Políticos de Vila do Conde empenham-se nas Redes Sociais

26 Setembro 2017
Políticos de Vila do Conde empenham-se nas Redes Sociais
Tecnologia
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A campanha eleitoral está ao rubro em Vila do Conde e os políticos locais empenham-se nas Redes Sociais, apresentando propostas, fazendo promessas, esgrimindo argumentos ou até contestando alegações, partidos ou pessoas.
Fazer log in, começar a difundir mensagens ou fazer directos no Facebook nunca esteve tão na moda e alguns políticos de Vila do Conde seguiram a tendência. Usam as Redes Sociais como forma de se aproximarem da população e de marcarem presença no mundo da Internet, onde, normalmente, a mensagem é transmitida muito rapidamente, chegando a um grande número de pessoas, com especial destaque para as camadas mais jovens.
Com as Eleições Autárquicas à porta, os candidatos à presidência da Câmara de Vila do Conde optaram por marcar presença nas Redes Sociais, direta ou indiretamente.
A nova forma de comunicação dos políticos agrada a muitos e desagrada a outos tantos, mas é rápida, instantânea e acessível a muita gente.
Numa consulta rápida à Rede Social Facebook, onde os 5 candidatados à presidência da Câmara de Vila do Conde estão presentes, constatamos que, à data consulta, 26 de setembro, António Caetano, representado pela página António Caetano 2017, tem 3787 gostos, António Louro Miguel, representado pela página Bloco de Esquerda – Vila do Conde, tem 136 gostos, Constantino Silva, representado pela página Constantino Silva :: Mais Vila do Conde, tem 3255 gostos, Elisa Ferraz, representada pela página Elisa Ferraz 2017, tem 4330 gostos e Pedro Martins, representado pela página Comissão Concelhia de Vila do Conde do PCP tem 178 gostos.
Mas se todos os candidatos estão presentes nas Redes Sociais, apenas uma pequena fatia utiliza ativamente as novas plataformas para comunicação pessoal. António Louro Miguel, Constantino Silva e Pedro Martins são os únicos que usam o Facebook em nome pessoal.
A Comissão Nacional de Eleições ainda está a habituar-se aos novos formatos das campanhas eleitorais, pouco reguladas, mas a entidade que supervisiona os processos eleitorais diz, na nota informativa de propaganda através de meios de Publicidade comercial, que “a utilização de redes sociais por parte das candidaturas para a difusão de conteúdos de propaganda não é por si só proibida em face do disposto na lei eleitoral”, garantindo que “a divulgação de ações de campanha através das redes sociais é admissível desde que as candidaturas se limitem a utilizar a sua denominação, símbolo e sigla, e as informações referentes a essa ação”.
O clique que os utilizadores do Facebook fazem na opção “Gosto” e a opção por seguir alguém está a tornar-se um negócio de criação de notoriedade e, também, uma forma de exploração. Uma reportagem feita pela televisão britânica Channel 4, emitida em 2013, mostrou que “fábricas de cliques” estão a falsear os resultados registados online. Com o trabalho “Celebs, Brands and Fake Fans”, o Channel 4 evidenciou a manipulação das Redes Sociais. A investigação, lançada no programa Dispatches, revelou, segundo o jornal Guardian, o caso da existência, em Daca, no Bangladesh, de uma “fábrica” que cobra aos clientes 15 dólares (cerca de 11,30 euros, ao câmbio da altura) por cada mil “likes” em determinada página e os “contratados” precisavam de fazer mil “likes”, ou seguir mil pessoas ou entidades para ganhar um dólar (cerca de 75 cêntimos de euro, à data).