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Filme de Gabriel Abrantes premiado em França onde vai ter estreia em mais de 200 salas do País

29 Janeiro 2024
Filme de Gabriel Abrantes premiado em França onde vai ter estreia em mais de 200 salas do País
Cultura
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O filme “A Semente do Mal”, do realizador português Gabriel Abrantes, foi premiado no festival de cinema fantástico de Gérardmer, em França, e tem estreia comercial esta semana neste país, revelou a distribuidora NOS Audiovisuais.
O filme venceu o prémio do júri naquele festival, cuja 31.ª edição terminou no domingo.
“A Semente do Mal”, que tem estreia comercial em França na quarta-feira, em mais de 200 salas de cinema, é a primeira incursão do artista visual Gabriel Abrantes no cinema de terror.
Com produção da Artificial Humors, também é a primeira longa-metragem de ficção assinada apenas por Gabriel Abrantes, depois de ter correalizado “Diamantino” (2018) com o norte-americano Daniel Schmidt.
O filme foi rodado em 2020 em Sintra, é protagonizado por Carloto Cotta, num duplo papel de gémeos que se reencontram em Portugal depois de décadas de uma separação forçada, pondo a descoberto um segredo macabro de família, envolvendo a mãe.
O elenco integra ainda a atriz norte-americana Brigette Lundy-Paine e as portuguesas Anabela Moreira, Alba Baptista, Rita Blanco e Beatriz Maia, entre outros atores, em papéis secundários.
“Eu gosto muito de cinema fantástico, bizarro, surreal, e o cinema de terror tem isso tudo no seu ADN. Um filme de terror tem coisas sobrenaturais, tem coisas fantásticas, tem fantasmas, bruxaria, etc.. Isso atraiu-me ao género. Por outro lado, também é um género mais democrático. Filmes de terror com muito poucos meios conseguem ter um alcance bastante maior”, disse Gabriel Abrantes.
“A Semente do Mal”, que está atualmente em cartaz em Portugal, foi feito inteiramente com produção portuguesa, com apoio financeiro do Instituto do Cinema e do Audiovisual, e junta-se a uma curta cinematografia portuguesa de longas-metragens de terror.
“Em Portugal há pouco investimento nisso, mas muito do cinema que se faz cá é incrível, é um cinema autoral, puro e duro e tem o seu valor. Talvez não haja tanto essa cultura ou pode haver algum desprezo por um género como o cinema de terror. Eu gosto de abraçar essas formas populares mais desprezadas ou ‘esnobadas’”, considerou o autor do filme.
Gabriel Abrantes, que nasceu nos Estado Unidos da América em 1984, é um artista multidisciplinar que tem trabalhado em cinema e artes visuais. Expõe regularmente desde 2006, em particular instalação e videoarte.
Em 2009, venceu o Prémio EDP Novos Artistas e no ano seguinte foi premiado em Locarno com “A history of mutual respect”, partilhando a realização com Daniel Schmidt. Em 2018, “Diamantino” venceu o Grande Prémio da Semana da Crítica do Festival de Cinema de Cannes.