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OE2024 prevê que alunos deslocados vão receber até 120 euros de complemento de alojamento

10 Outubro 2023
OE2024 prevê que alunos deslocados vão receber até 120 euros de complemento de alojamento
Política
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Os alunos deslocados do ensino superior com bolsa poderão receber até 120 euros a mais do que já recebem, por mês, como complemento de alojamento, que é reforçado para vários concelhos na proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024).
“Com o reforço agora decidido os estudantes bolseiros deslocados, que estejam alojados fora de residência pública, passam a receber anualmente entre 2.642,40 euros e 5.020,51 euros de apoio para custear as suas despesas de alojamento”, refere o relatório que acompanha a proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024).
De acordo com a proposta do Governo de Portugal, o complemento de alojamento atribuído aos estudantes no próximo ano pode variar entre 264,24 e 456,41 euros mensais.
Nos concelhos de Lisboa, Cascais e Oeiras, o apoio passa dos atuais 336,30 para 456,41 euros, prevendo-se um reforço semelhante para o concelho do Porto, onde os alunos poderão receber até 432,39 euros de complemento, mais 120 euros do que recebem atualmente.
O complemento de alojamento deverá sofrer também um ligeiro aumento para os alunos a estudar nos concelhos de Almada, Aveiro, Braga, Évora, Faro, Funchal Setúbal e Ponta Delgada.
Por outro lado, os valores fixados para os concelhos de Amadora, Barreiro, Coimbra, Maia, Matosinhos, Odivelas e Portimão mantêm-se sem alterações.
É a quarta vez, desde setembro de 2022, que este apoio é reforçado, tendo crescido, segundo o executivo “entre 17% a 63% acima do aumento dos preços do alojamento privado”.
Em agosto, em vésperas do arranque do ano letivo, o preço médio dos quartos para estudantes ultrapassava os 400 euros em Lisboa e Porto, por exemplo, de acordo com o Observatório do Alojamento Estudantil.
A medida agora anunciada para o próximo ano vai abranger cerca de 14 mil estudantes bolseiros deslocados do ensino superior público e representa um investimento de cerca de 14 milhões de euros do total dos quase 3,6 mil milhões destinados à Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Segundo a proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) entregue hoje no Parlamento, o setor terá “uma despesa total consolidada de 3.597,5 milhões de euros, o que excede em 7,6% a estimativa de execução de 2023”.
A maior fatia deste orçamento vai para despesas com pessoal (52,5%), sendo sobretudo financiado por receitas de impostos, além do financiamento proveniente de fundos europeus (747,1 milhões), receitas próprias das instituições (689,9 milhões) e transferências entre entidades (381,3 milhões).
A propósito do alojamento estudantil, o Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) sublinha ainda o “esforço de construção, aquisição, adequação e renovação de residências para estudantes de ensino superior”, reafirmando a meta de passar de 15.073 para 26.772 camas até ao final da legislatura.
“A despesa de investimento apresenta uma dotação de 364,3 milhões de euros (10,1%), relacionada com a modernização de infraestruturas e equipamentos e operações de construção, aquisição, adequação e renovação de residências para estudantes do ensino superior financiadas no quadro do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior”, refere o relatório.
Trata-se do “maior investimento de sempre no alojamento no ensino superior”, lê-se no documento, em que o executivo explica que o objetivo da medida é contribuir “de modo significativo para uma maior equidade e justiça social no ensino superior, através da redução dos custos de frequência do ensino superior”.
O Governo de Portugal apresentou esta terça feira o Orçamento do Estado de 2024 (OE2024) que revê em alta o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, de 1,8% para 2,2%, e em baixa de 2,0% para 1,5% no próximo ano.