Direção do CDS-PP de Vila do Conde renuncia aos cargos após partido nacional vender sede local

Política

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Os elementos da Comissão Política Concelhia do CDS-PP de Vila do Conde anunciaram que renunciaram aos seus cargos, depois da estrutura nacional do partido ter procedido à venda do edifício onde estava a sede vilacondense.
Num comunicado enviado às redações dos meios de comunicação social, os elementos do CDS-PP de Vila do Conde mostraram “surpresa” pela decisão do partido em alienar o edifício, situado numa nobre zona ribeirinha da cidade, e que há vários anos acolhia a atividade dos militantes locais, desde os anos 80, e que tinha sido doada na totalidade por elementos vilacondenses ao partido.
“Foi com surpresa e espanto que a Comissão Política Concelhia de Vila do Conde tomou conhecimento de que o partido procedeu à venda do edifício da sua sede concelhia”, pode ler-se no texto.
No mesmo comunicado, a Comissão Política Concelhia do CDS-PP de Vila do Conde manifestou “repúdio” pelos órgãos nacionais do partido terem “menosprezado os militantes e simpatizantes” no concelho.
“Perante tal ocorrência aos militantes que integram os Órgãos Concelhios Locais, nomeadamente a Comissão Política Concelhia do CDS de Vila do Conde e Mesa do Plenário, não lhes restou outra solução senão, mediante o menosprezo a que foram sujeitos, apresentarem a renúncia coletiva dos seus cargos para os quais haviam sido eleitos, e com efeito imediato”, aponta o comunicado da Comissão Política Concelhia do CDS-PP de Vila do Conde.
Apesar de ter tradição de eleitos nos órgãos autárquicos de Vila do Conde, o CDS-PP não tem, atualmente, representação no Executivo Camarário, liderado por uma maioria PS, nem na Assembleia Municipal.
Após a perda de lugares no Parlamento português, o CDS-PP ficou reduzido a uma subvenção de cerca de 22 mil euros por mês, receita escassa para pagar os salários a dezena e meia de funcionários e o custo de várias sedes.