Última hora

Agressão no Metro do Porto causa ferido grave transportado inconsciente para o Hospital

9 Novembro 2021
Agressão no Metro do Porto causa ferido grave transportado inconsciente para o Hospital
Local
0

Um utilizador do Metro do Porto foi hoje transportado ao Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, depois de ter sido vítima de uma agressão que o deixou inanimado, disse fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro do Porto da Proteção Civil.
A situação ocorreu pelas 17:00, na Estação Câmara de Matosinhos, para onde foi chamada uma equipa do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) devido a um utilizador do Metro do Porto que se encontrava “inconsciente” no interior da composição que circulava no sentido Matosinhos/Porto, acrescentou fonte da empresa de transportes públicos do Grande Porto.
Em face da intervenção da equipa do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) a composição ficou parada na estação “cerca de meia hora, situação que teve repercussões na circulação na Linha Azul”, acrescentou a mesma fonte da empresa Metro do Porto.
A insegurança sentida nas ruas e por quem as frequenta tem vindo a escalar nas últimas semanas. Os casos mais paradigmáticos são os de André Barbosa, que está a recuperar de uma cirurgia ao maxilar depois de ter sido agredido no Clube Vida, em Albufeira, Rafael Lopes, jovem morto à facada no Metro das Laranjeiras, em Lisboa, e Paulo Correia, rapaz que perdeu a vida à porta de uma discoteca no Porto.
Especialistas referem que alguns casos de violência que têm sido reportados já existiam antes, são situações esporádicas e que algum sentimento de insegurança até pode ter vantagens.
O diretor da Escola de Criminologia da Universidade do Porto considera que nada justifica, por agora, um maior sentimento de insegurança na Invicta e no país. “Sempre foi assim”, diz Pedro Sousa, acrescentando que casos como os referidos já “antes aconteciam” e deixavam as pessoas alarmadas. No entanto, a conclusão é que são “coisas que não acontecem todos os dias”.
Contudo, reconhece que possa existir alguma perceção dessa insegurança, atribuindo-a ao retomar da normalidade.
A diretora da licenciatura de criminologia da Faculdade de Direito da Universidade do Porto, Carla Cardoso, tem opinião semelhante.
“A insegurança deve-se não apenas ao crime, mas também à influência dos media, algum alarmismo social que se cria em torno desses problemas”, explica.
Carla Cardoso lembra, ainda, que um pouco de insegurança não é necessariamente mau, pelo contrário.
“Quem não tiver algum grau de insegurança não se protege, põe as coisas em cima da mesa, vai dar uma volta e, portanto, há um nível de segurança que é adaptativo porque a pessoa se vai protegendo, vai estando vigilante”, diz a criminologista.