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Festival de Artes Performativas de Vila do Conde Circular retoma modelo tradicional com estreias

10 Setembro 2021
Festival de Artes Performativas de Vila do Conde Circular retoma modelo tradicional com estreias
Cultura
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A edição deste ano do Circular – Festival de Artes Performativas de Vila do Conde retoma o modelo tradicional, depois de algumas contingências em 2020, devido à pandemia de Covid-19, apresentando várias estreias absolutas.
Desse lote de novidades fazem parte os espetáculos de dança “Calçada”, do coreógrafo brasileiro Volmir Cordeiro, cuja exibição no Circular tinha sido cancelada no ano passado, ou a apresentação de um trabalho do também coreógrafo Raul Maia, intitulado “A Fala da Racha”.
O evento, que se realiza entre 18 e 25 de setembro, em vários espaços culturais de Vila do Conde, vai ter, ainda, segundo a organização, a lotação das salas reduzida para metade, para continuar a cumprir todas normas de segurança impostas pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
“Em 2020 tivemos sorte de conseguir cumprir o festival, porque a situação nessa altura estava mais aliviada. Mas foi uma edição muito desafiante, com algumas hesitações, mas que nos deu experiência e nos permite encarar este ano com mais confiança e segurança”, explicou Paulo Vasques, que partilha a direção artística do evento com Dina Magalhães.
O responsável lembrou que já na edição anterior sentiu o público “ávido por voltar a ver espetáculos ao vivo e socializar”, acreditando que a premissa se manterá este ano, mesmo com a imposição das regras de segurança sanitária na utilização dos equipamentos culturais, nomeadamente o uso de máscara.
“Espero que as pessoas possam aderir com ainda mais confiança ao festival. As medidas são rigorosas, não é preciso ter receios. É preciso estimular esse encontro, para que as pessoas possam continuar a usufruir da cultura com segurança”, acrescentou Paulo Vasques.
A programação do Festival Circular inclui um conjunto de espetáculos e propostas artísticas nas áreas da dança, música, teatro, performance e artes visuais, mas abre também um espaço para a reflexão e pensamento.
O festival arranca com uma exposição acompanhada por uma apresentação musical, apelidada de “Membrana”, com fotografias e vídeos de Mónica Batista e estruturas sonoras de João Pais Filipe, inspirada na residência artística que ambos tiveram no Uganda.
Ainda no âmbito da música, João Pais Filipe e a italiana Valentina Magaletti, ambos percussionistas, vão apresentar seu projeto CZN, com sintetizadores do produtor Leon Marks.
No segundo fim de semana do Circular está agendada uma performance de Clara Amaral, numa sessão limitada a cinco pessoas que se repetirá diversas vezes, com o título “She gave it to me i got it from her”, numa atuação que privilegia o gesto e a fala.
Destaque ainda para o lançamento do CD “Peixinho Patriarca Percussão”, projeto de Eduardo Luís Patriarca que interpreta o trabalho de Jorge Peixinho, e para uma conferência da filósofa Maria Filomena Molder, professora catedrática da Universidade Nova de Lisboa.
O espetáculo de fecho do festival vai estar a cargo de coletivo feminino espanhol Los Detectives, que apresenta peça de humor “Pienso Casa, Digo Silla”.
O preço dos bilhetes para os espetáculos está fixado em cinco euros e podem ser adquiridos nos equipamentos culturais de Vila do Conde e nas plataformas ‘online’.
O Festival Circular, que este ano tem um orçamento de 80 mil euros, conta com o patrocínio da Câmara Municipal de Vila do Conde e é financiado pela Direção-Geral das Artes.