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Trabalhadores da Makro de Matosinhos e Gaia em greve contra a reorganização de horários

14 Junho 2021
Trabalhadores da Makro de Matosinhos e Gaia em greve contra a reorganização de horários
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Os trabalhadores da Makro das lojas de Matosinhos e de Vila Nova de Gaia cumpriram uma greve na passada sexta feira, em protesto contra a reorganização dos horários de trabalho na empresa a nível nacional.
Em comunicado, a direção regional do Porto Sindicato do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP Porto) diz que os trabalhadores reclamam a “não alteração dos horários de trabalho, em particular a imposição de horário de trabalho entre as 24:00 e as 06:00, e a não alteração dos dias de descanso semanal”.
Em causa, salienta o comunicado do CESP Porto, está “o direito à conciliação da vida profissional com a pessoal e familiar”.
Contactada, a Makro Portugal disse que “apoia o direito individual à greve, estando em todos os momentos atenta à manifestação das necessidades dos seus colaboradores”.
Salientando estar “no mercado há mais de 30 anos”, a empresa afirmou que “as suas práticas laborais se encontram em conformidade com a legislação laboral nacional, continuando a trabalhar em prol das suas equipas” e reiterou que “se encontra sempre disponível para ouvir as suas pessoas e fazer mais e melhor”.
De acordo com o sindicato, “a Makro organizou os horários de trabalho dos trabalhadores, a nível nacional, de modo a fazer coincidir um dos dias de descanso semanal com o feriado do 1.º de maio, data em que a empresa encerra todos os seus estabelecimentos”.
“Na prática, a Makro retirou um dia de descanso a todos os trabalhadores”, acusa.
Para o CESP Porto, “a Makro não respeita os direitos dos trabalhadores, alterando as suas folgas sem o seu consentimento” e “retirando, inclusive, descansos ao domingo para realização de um inventário que nem tão pouco foi anunciado”.
“[Como] se isto não bastasse, ainda impuseram que os trabalhadores fizessem reposição noturna, tendo sido pressionados a assinar um documento a autorizar tal imposição”, sendo que “os horários de trabalho foram afixados com apenas uma semana de antecedência, já com a dita reposição noturna, incumprindo assim a obrigatoriedade da empresa comunicar os horários aos trabalhadores com trinta dias de antecedência, como consagrado na cláusula 11ª do CCT [Contrato Coletivo de Trabalho] do setor”, afirma.
Exigindo “a correção da situação”, os trabalhadores e o CESP reclamam ainda “a intervenção da ACT [Autoridade para as Condições do Trabalho] neste e em todos os locais de trabalho, para a rápida reposição da legalidade”.