Última hora

Portugal tem 53 praias Zero Poluição e freguesia de Vila Chã em Vila do Conde faz parte da lista

9 Junho 2021
Portugal tem 53 praias Zero Poluição e freguesia de Vila Chã em Vila do Conde faz parte da lista
Local
0

A associação ambientalista Zero distinguiu este ano 53 praias Zero Poluição em 30 concelhos de Portugal, representando 8% do total das 643 zonas balneares que vão estar em funcionamento nesta época.
A praia de Vila Chã, em Vila do Conde, integra a lista das 43 praias distinguidas pela associação ambientalista Zero em Portugal continental.
A distinção da associação foi hoje divulgada em comunicado, antes da abertura, entre quinta feira e sábado, de mais 191 zonas balneares (as primeiras praias abriram ainda em maio).
Uma praia Zero Poluição é aquela em que não foi detetada qualquer contaminação microbiológica nas análises efetuadas às águas balneares ao longo das três últimas épocas balneares, de acordo com a associação.
Em 2020, houve mais 15 praias classificadas, ou seja, um total de 68. De acordo com a Zero, todas as praias distinguidas no ano passado como praias Zero Poluição estão classificadas, ao abrigo da legislação, como praias com qualidade de água “excelente”. No entanto, se tiveram uma única análise em que foi detetada a presença de microrganismos, mesmo que muito longe do valor-limite, deixaram de poder ser incluídas nesta lista.
Os concelhos com maior número de praias Zero Poluição são Alcobaça (Leiria), Porto Santo (Madeira) e Tavira (Faro), com quatro praias, e Faro, Peniche (Leiria), Sesimbra (Setúbal) e Vila do Bispo (Faro), com três.
Existem 43 praias Zero Poluição no continente, em 24 concelhos, seis nos Açores, em cinco concelhos, e quatro na Madeira, num único concelho.
Os concelhos de Torres Vedras (Lisboa) e Angra do Heroísmo (Açores) tiveram, este ano, um número significativo de praias retiradas da lista – nove e cinco, respetivamente.
Em termos de balanço, saíram da lista do ano passado 29 praias e entraram 14 novas.
De acordo com a associação ambientalista Zero, “é extremamente difícil conseguir um registo incólume ao longo de três anos nas zonas balneares interiores, muito mais suscetíveis à poluição microbiológica”.
Pelo segundo ano consecutivo, volta a não haver praias interiores na lista, “ao contrário do período de 2016 (ano em que a associação iniciou esta avaliação) a 2019”.
“Todas as praias são consideradas ‘costeiras’, exceto uma praia em zona estuarina classificada como de ‘transição’”, refere a associação em comunicado, referindo que tal facto “é um indicador do muito que ainda há a fazer para garantir uma boa qualidade da água dos rios e ribeiras em Portugal, o que requer esforços adicionais ao nível do saneamento urbano e das empresas”.
Segundo a associação ambientalista Zero, e de acordo com uma informação recente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), uma análise intercalar efetuada em 2018 revelou “um decréscimo da qualidade da água numa quantidade significativa das massas de água relativamente aos dados obtidos aquando do diagnóstico para o Plano de Gestão de Região Hidrográfica 2016-2021”.