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Fábrica de chocolates Imperial de Vila do Conde já pertence oficialmente à empresa espanhola Valor

27 Maio 2021
Fábrica de chocolates Imperial de Vila do Conde já pertence oficialmente à empresa espanhola Valor
Economia
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A empresa de chocolates Imperial anunciou esta quarta feira que concluiu o processo de venda à espanhola Chocolates Valor, passando a partir de agora a pertencer ao grupo empresarial Valor.
A empresa espanhola Chocolates Valor informou em 24 de março deste ano que tinha chegado a um acordo para a compra da marca portuguesa de chocolates Imperial, ao fundo Vallis Capital Partners, sendo que o “processo de aquisição” está concluído, refere o grupo Valor em comunicado.
Na altura, a Chocolates Valor entendeu não revelar o valor da transação, já que o acordo de confidencialidade “não o permitia”.
A Autoridade da Concorrência (AdC), por sua vez, em 5 de maio, deu “luz verde” à operação de compra da empresa portuguesa de chocolates Imperial pela espanhola Vimaroja, dona da Chocolates Valor.
O regulador nacional não se opôs, concluindo que a transação “não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva nos mercados relevantes identificados”.
A Imperial – Produtos Alimentares é a maior fabricante do setor em Portugal, tem quase 90 anos de história, e detém, entre outras, as marcas Regina, Jubileu, Pantagruel, Pintarolas e Alegro.
O grupo Valor vem agora “agradecer aos consumidores portugueses” pelo “apoio e lealdade” de todos estes anos para com a Imperial, assim como para com “as suas marcas conceituadas”, lê-se no comunicado.
Para Chocolates Valor o objetivo é o de contribuir para a “continuação da história da Imperial” e para a “promoção e desenvolvimento da empresa” tanto em Portugal, como nos restantes mercados internacionais.
Esta é a primeira operação de aquisição internacional por parte da Valor, enquadrada no plano estratégico trienal, que corrobora o “compromisso com a expansão iniciada há décadas” e que a levou a estar presente com os seus produtos em mais de 60 países.
O presidente executivo da Valor, Pedro Lopez, afirmava, em 24 de março, que “a aquisição da Imperial era um “momento importante” e a “concretização de um sonho”.
“Tratou-se de uma decisão cuidada e que resultou do facto de termos encontrado uma empresa com a qual nos identificamos e que nos complementa. O nosso ‘roadmap’ integra o crescimento orgânico e inorgânico, e nesse sentido analisamos inúmeras propostas para encontrar o parceiro de viagem perfeito”, disse então o gestor.
Durante os últimos cinco anos, a Imperial fez parte do portefólio do fundo Vallis Sustainables Investments I, desde que este veículo a adquiriu ao grupo RAR, em 2015, sendo que recebeu um investimento de mais de 16 milhões de euros que permitiu reforçar a notoriedade das suas marcas e modernizar as instalações industriais.
A compra da Imperial é a segunda aquisição na história da Chocolates Valor, já que em 2013 comprou a fábrica de chocolates Ateca, em Zaragoza, e as marcas Huesitos e Tokke, sendo que esta é a primeira operação de internacional da empresa.