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Pescadores do Norte suspendem protesto por excesso de fiscalização e regressam à atividade

11 Abril 2021
Pescadores do Norte suspendem protesto por excesso de fiscalização e regressam à atividade
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Os pescadores da região Norte que protestavam contra uma “excessiva fiscalização” decidiram suspender a paragem da atividade, que vigorava desde a passada quarta feira, e vão hoje à noite regressar ao mar, disse uma das associações do setor.
A medida abrange os pescadores da faixa litoral de Viana do Castelo até à Figueira Foz, que decidiram voltar aos barcos depois de uma reunião, na sexta feira, em Lisboa, liderada pela secretária de Estado das Pescas, Teresa Coelho, com associações do setor, autoridades e outras entidades.
“Foram assumidos compromissos importantes para que, em conjunto, sejam clarificadas e ajustadas as normas que regulam o setor. Reunidas essas necessidades imediatas, vamos suspender os protestos e a greve em vigor e regressar à atividade, esperando pelo fim e resultados do grupo de trabalho”, disse Manuel Marques, da Associação de Armadores da Pesca do Norte.
O responsável mencionou, ainda, que ficou acordado que as ações de fiscalização, que estavam a ser levadas a cabo pela Unidade de Controlo Costeiro da GNR e que desagradavam os pescadores, “continuam suspensas enquanto se trabalha no reajuste das regras”.
“Sabemos que não é um processo fácil, mas reconhecemos o esforço do Governo na resolução das queixas apresentadas pelo setor das pescas. Há situações que têm de ser alteradas, nomeadamente a fiscalização aos mapas de férias, e confiamos que as entidades responsáveis vão trabalhar nisso”, completou Manuel Marques.
Com este voto de confiança, os pescadores da região Norte reconsideraram a posição de paragem da atividade tomada quarta feira, depois de uma primeira reunião com a secretária de Estado das Pescas, na Póvoa de Varzim.
Na altura, Teresa Coelho reconheceu que o setor “tem características especiais, que tem de ter situações de exceção [no âmbito da legislação laboral]”, acreditando que a situação “será resolvida”.
A paragem dos pescadores da região Norte tinha afetado mais de uma centena de embarcações, que retomam a atividade depois de cinco dias de paragem.