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Primeiro-Ministro António Costa diz que “este ainda não é o tempo do desconfinamento”

2 Março 2021
Primeiro-Ministro António Costa diz que “este ainda não é o tempo do desconfinamento”
País
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O Primeiro-Ministro anunciou na passada quinta feira, após reunião do Conselho de Ministros, que o confinamento se mantém sem se verificar qualquer alteração às regras em vigor.
As medidas não vão ser alteradas porque estão a produzir os “efeitos desejados”.
António Costa indicou que o Governo vai apresentar o plano de desconfinamento no dia 11 de março – que vai começar pelas escolas.
“O Conselho de Ministros, como era expectável, aprovou sem qualquer alteração a renovação do decreto lei que há 15 dias atrás tinha aprovado”, começou por referir António Costa numa declaração desde o Palácio da Ajuda, em Lisboa.
“Este, infelizmente, não é ainda o tempo do desconfinamento”, justificou a seguir, explicando que o outro motivo para esta manutenção das medidas em vigor é o facto de estas estarem a produzir os efeitos desejados de controlo da pandemia de Covid-19. É certo que há melhorias em vários indicadores, “mas todas as melhorias são relativas”.
“Nós estamos melhor relativamente à pior situação que alguma vez vivemos nesta pandemia. Mas, se compararmos, por exemplo, o número de novos casos que hoje temos com o número de novos casos que tínhamos em 15 de setembro, quando declarámos o Estado de Contingência, ou se compararmos com os novos casos diários a 4 de maio, quando iniciámos o desconfinamento da primeiro vaga, verificamos que hoje ainda temos um número de casos que é mais de quatro vezes superior quando iniciámos o desconfinamento da primeira vaga”, adiantou António Costa.
Por isso, lembra, “estamos muito melhor do que estávamos há uma semana, há 15 dias, há três semanas, há um mês. Mas estamos pior do que estávamos no dia em que começámos o desconfinamento em maio”, disse, antes de dar números sobre os casos de internados nos hospitais portugueses, de modo a demonstrar a necessidade atual de baixar estes indicadores.
“Temos baixado o número de internados tanto em enfermaria como nos cuidados intensivos, mas ainda temos um número de internados elevado. Temos quatro vezes mais doentes nos cuidados intensivos do que em maio”, disse António Costa.
A variante britânica do SARS-CoV-2 – e a sua incidência – é uma das preocupações do Governo, já que tem “uma maior transmissibilidade e um maior risco de contágio. Neste momento, a percentagem ascende ainda aos 40%”, explicou António Costa.