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Número de pessoas com deficiência inscritas nos centros de emprego aumentou com a Covid-19

22 Fevereiro 2021
Número de pessoas com deficiência inscritas nos centros de emprego aumentou com a Covid-19
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O número de pessoas com deficiência inscritas nos centros de emprego aumentou com a Covid-19, uma realidade atual por se tratar de um trabalho “não tão automático” como o de pessoas sem deficiência, disse esta quinta feira a secretária de Estado.
Quando a situação pandémica aliviar, o mercado melhora e, automaticamente, volta a gerar-se emprego, mas não ao mesmo ritmo para pessoas com e sem deficiência, afirmou a secretária de Estado para a Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, no âmbito do Ciclo de Conversas “Fique em Casa”, da empresa municipal MatosinhosHabit, em parceria com a Câmara Municipal de Matosinhos.
“O número de pessoas com deficiência inscritas no Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) subiu, uma realidade que nos preocupa porque não é um emprego com o mesmo grau de flutuação, não é tão automático como para pessoas sem deficiência”, frisou.
Os números do desemprego para pessoas sem e com deficiência não se recuperam com a mesma simplicidade porque não funcionam com a mesma linearidade, explicou.
Ana Sofia Antunes abordou ainda o ensino à distância, decidido pelo Governo para conter os contágios, sublinhando que, se para qualquer criança ter aulas em casa está a ser um desafio, mais ainda se verifica em alunos com deficiência.
“O trabalho à distância não é fácil de operacionalizar e de fazer, trabalhar à distância com uma criança com deficiência visual não é” disse Ana Sofia Antunes.
A governante ressalvou, ainda, que a capacidade de foco e concentração perante o ecrã de um computador por parte de crianças com défice cognitivo e intelectual não é comparável àquele que existe de forma presencial.
Ana Sofia Antunes adiantou que as crianças com deficiência estavam preparadas porque a tecnologia faz parte da sua formação.
Neste segundo confinamento geral, depois de um primeiro em 2020, a secretária de Estado assumiu que quis garantir “o mais possível” respostas educativas de retaguarda para as crianças com deficiência, mesmo estando as escolas encerradas.
“Os centros de recursos para a inclusão receberam instruções expressas de que as terapias se iriam manter na lógica presencial e apenas em situações de risco agravado para a saúde da criança é que poderia ser substituída”, contou Ana Sofia Antunes.
Aquando do primeiro confinamento foi necessário criar respostas e medidas com “enorme rapidez”, mas agora já pudemos tomar decisões mais conscientes, assumiu Ana Sofia Antunes.