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GNR apreende cerca de quatro quilogramas de meixão em estado juvenil em Vila do Conde

22 Janeiro 2021
GNR apreende cerca de quatro quilogramas de meixão em estado juvenil em Vila do Conde
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A Guarda Nacional Republicana (GNR) apreendeu esta sexta feira cerca de quatro quilogramas de meixão, em estado juvenil, avaliado em 5.700 euros, a pescadores ilegais no rio Ave, em Vila do Conde.
Em comunicado, a Unidade de Controlo Costeiro da Guarda Nacional Republicana (GNR), através do Subdestacamento de Controlo Costeiro de Esposende, explica que a apreensão ocorreu “no âmbito de uma ação de fiscalização e vigilância do controlo da captura, detenção, transporte e comercialização ilegal de meixão”.
“Os militares da Guarda detetaram um indivíduo, de 38 anos, com 3,8 quilos desta espécie, que utilizava vários utensílios de pesca e redes para a sua captura que, devido às características, são extremamente lesivas à fauna existente. O material utilizado na captura e o meixão foram apreendidos, tendo sido devolvido ao seu habitat natural por se encontrar vivo”, referiu a Guarda Nacional Republicana (GNR) em comunicado enviado às redações.
O suspeito foi constituído arguido, e os factos remetidos ao Tribunal Judicial de Vila do Conde.
A Guarda Nacional Republicana (GNR) alerta que “a Enguia Europeia (‘Anguilla Anguilla’), que na fase larvar é conhecida por enguia juvenil/meixão, é uma espécie considerada em perigo e que tem sofrido grande redução em razão da pesca ilegal, impedindo desta forma o normal ciclo de reprodução, colocando em causa a sustentabilidade da espécie”.
Para apanhar o juvenil da enguia, os pescadores usam redes idênticas às mosquiteiras, que não deixam escapar nenhum peixe e, depois da pesca, o meixão chega a ser vendido, vivo, a 1.000 euros o quilograma. E nos restaurantes pode atingir os dois mil euros.
Para os espanhóis é uma iguaria de luxo. Em alguns países asiáticos também.
Em Portugal, o meixão ou angula (juvenil da enguia) não consta habitualmente nos cardápios dos restaurantes, mas é capturado ilegalmente ao longo de quase toda a costa, para exportação, e o negócio rende milhares de euros, ilegalmente, colocando em perigo a subsistência da espécie.
A captura do meixão em Portugal só é permitida no rio Minho, mas a lei, punível com coima de 600 a 37.500 euros, é quebrada em quase todo o país.