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Movimento “Diz Não ao Paredão” lamenta obra de prolongamento do quebra-mar de Leixões

17 Dezembro 2020
Movimento “Diz Não ao Paredão” lamenta obra de prolongamento do quebra-mar de Leixões
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O Movimento “Diz Não ao Paredão” lamentou esta quarta feira que a obra de prolongamento do quebra-mar do Porto de Leixões, em Matosinhos, tenha sido adjudicada sem ter sido reavaliada, conforme recomendação da Assembleia da República ao Governo.
“Tenho pena que não tenham seguido a recomendação da Assembleia da República e, desta forma, ficamos todos a perder com a não reavaliação desta empreitada”, afirmou o presidente do movimento, Humberto Silva, numa alusão às quatro resoluções que o Parlamento aprovou, em 16 de outubro, e que recomendavam ao Governo a suspensão ou reavaliação das obras do prolongamento do quebra-mar.
Os quatro projetos de resolução tiveram origem numa petição com o nome “Diz Não ao Paredão”, lançada em março de 2019, por este movimento.
Uma reavaliação da empreitada só seria benéfica porque traria mais conhecimento, considerou Humberto Silva, depois de a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) ter anunciado esta quarta feira a adjudicação da obra.
Reafirmando que todos ficam a perder, o presidente do movimento considerou que seguir a recomendação do Parlamento “ajudaria a tomar melhores decisões com o menor impacto possível”.
“Nos próximos tempos iremos nos lembrar desta decisão”, vincou Humberto Silva.
A obra de prolongamento do quebra-mar do Porto de Leixões foi adjudicada e deverá ser consignada em fevereiro de 2021, revelou o presidente da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL).
A assinatura do contrato com o consórcio liderado pela Teixeira Duarte, Tecnovia e Dredging, aconteceu na terça feira, disse Nuno Araújo.
“A expectativa é que durante o próximo mês de fevereiro aconteça a consignação da obra do quebra-mar e dragagem, dando-se assim o pontapé de saída da obra”, afirmou o presidente da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL).
Nuno Araújo adiantou, ainda, que está a ser feito um estudo sobre o “valor económico do desporto de ondas em Matosinhos e no Grande Porto”, uma das recomendações do “parecer favorável condicionado” da comissão de avaliação ambiental.
Por isso, a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) prevê indemnizar, se for o caso disso, as empresas deste setor ou apoios de praia (bares e restaurantes), ressalvou, ainda, o presidente Nuno Araújo.