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Confederação do Turismo de Portugal rejeita novo confinamento total e pede reforço do SNS

2 Novembro 2020
Confederação do Turismo de Portugal rejeita novo confinamento total e pede reforço do SNS
Economia
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A Confederação do Turismo de Portugal rejeitou esta segunda feira a possibilidade de um novo confinamento total e pediu ao Governo que reforce a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde e preste especial atenção aos grupos mais vulneráveis da população.
Esta foi a posição assumida pela confederação na sequência das novas medidas de combate à pandemia da Covid-19, anunciadas pelo Governo após o último Conselho de Ministros, realizado no sábado.
A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) considerou que um confinamento total, à semelhança do que aconteceu em março e abril, “terá efeitos dramáticos para a economia nacional e, em particular, para a atividade turística que vive uma das maiores crises de que há memória em Portugal”.
“As empresas do turismo estão em grandes dificuldades e não têm capacidade para resistir a mais um período de encerramento. Muitas estão já em situação irrecuperável, de pré-falência e de despedimentos. Há áreas de atividade que nem chegaram a reabrir. Voltar a um estado de confinamento total é colocar o país em risco de bancarrota económica”, afirmou o presidente da CTP, Francisco Calheiros.
A CTP reiterou a sua preocupação com a crise de saúde pública vivida no país e apelou para que o Governo reforce a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS), com mais recursos humanos e financeiros, e que esteja particularmente atento aos grupos mais vulneráveis da população.
“Os surtos que dispararam em muitos lares e residências para seniores não podem repetir-se. O Estado tem de garantir proteção à população”, afirmou Francisco Calheiros.
O líder da CTP considerou ainda essencial “aumentar a consciencialização das pessoas para o uso da máscara, para a higienização frequente das mãos e para o distanciamento social”.
As medidas para combater a Covid-19 paralisaram setores inteiros da economia mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou que a pandemia reverterá os progressos feitos desde os anos de 1990, em termos de pobreza, e aumentará a desigualdade.
O FMI prevê uma queda da economia mundial de 4,4% em 2020, com uma contração de 4,3% nos Estados Unidos e de 5,3% no Japão, enquanto a China deverá crescer 1,9%.
Para 2021, a organização com sede em Washington antecipa um crescimento da economia mundial de 5,2%, face a 2020.
Para Portugal, o FMI prevê uma queda de 10% em 2020, e uma recuperação de 6,5% para 2021.
Estas previsões diferem das do Governo português, que antecipa uma queda da economia de 8,5% este ano, e uma recuperação de 5,4% em 2021.
A Comissão Europeia prevê uma queda de 9,8% da economia portuguesa em 2020, e um crescimento de 6% no próximo ano.