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Bloco de Esquerda alerta para “sérios riscos de derrocada” da avenida marginal de Vila do Conde

20 Novembro 2020
Bloco de Esquerda alerta para “sérios riscos de derrocada” da avenida marginal de Vila do Conde
Política
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O Bloco de Esquerda (BE) alertou esta quinta feira para os “sérios riscos de derrocada” na marginal de Vila do Conde, tendo questionado o Governo e a Câmara Municipal sobre as medidas tomadas para solucionar a situação.
O partido sustenta a sua “preocupação” num relatório realizado pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), em 2019, onde se terá constatado que “a situação de degradação da infraestrutura em alguns dos seus troços”.
“Na frente de mar com cerca de 800 metros, em frente à chamada Quinta do Eng. Carvalho, o enrocamento mostra sinais claros de degradação, havendo deslizamento de pedras, material solto e aberturas no muro de contenção”, refere o BE, em comunicado.
Os bloquistas dizem que o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) “recomendou a interdição do troço da praia localizada na zona mais a sul da marginal e (…) a execução das obras de reabilitação de defesa aderente da marginal atlântica de Vila do Conde”, criticando a autarquia de Vila do Conde “por ter conhecimento desse relatório, mas ter instalado em 2019 e 2020 escadas de acesso à praia”.
“A decisão é inaceitável e deve ser explicada. Tendo pleno conhecimento da situação de perigo iminente, a Câmara Municipal de Vila do Conde descurou a segurança das pessoas”, aponta o BE.
Nesse sentido, o partido quer saber “se a Câmara Municipal de Vila do Conde vai interditar o acesso àquele troço de praia até que estejam reunidas todas as condições de segurança” e por que razão “permitiu e facilitou o acesso à praia junto ao troço sul da marginal”, e, através do seu grupo parlamentar, também instou o Governo a tomar uma posição.
“O Bloco de Esquerda quer saber que medidas vai o Governo adotar para solucionar a situação de degradação da Marginal Atlântica de Vila do Conde e considerando a atual situação de crise climática e a consequente subida do nível médio das águas do mar e a ocorrência de fenómenos climatéricos cada vez mais frequentes e extremos, considera o Governo serem eficazes obras de contenção na orla costeira”, questionaram os bloquistas.
Em setembro deste ano, a presidente da autarquia vilacondense, Elisa Ferraz, esteve no local com o ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, e secretária de Estado das Pescas, Teresa Coelho, mostrando a sua preocupação com “evidentes sinais de degradação do enrocamento da marginal”.
“Com esta reunião, pretendemos demonstrar às entidades governamentais, no próprio local, os motivos claros das preocupações que o município tem insistentemente manifestado, sensibilizando as entidades com competência para a enorme responsabilidade que as condições do local representam”, disse na altura Elisa Ferraz.
A presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde partilhou que “o ministro manifestou total reconhecimento da urgência na realização da obra em causa, tendo ficado devidamente definidos os procedimentos a adotar e que permitirão a concretização desta tão importante obra”.