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Ministra da Saúde diz que celebrações do 25 de Abril não põem em causa “o esforço coletivo”

21 Abril 2020
Ministra da Saúde diz que celebrações do 25 de Abril não põem em causa “o esforço coletivo”
Política
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A ministra da Saúde pediu aos portugueses um “rigoroso cumprimento” do confinamento, garantindo que as celebrações do 25 de Abril vão ter “regras” e não vão colocar em causa “o esforço coletivo” para controlar a Covid-19.
“Um gesto imponderado ou uma saída desnecessária podem deitar tudo a perder [relativamente ao controlo da infeção]. Neste momento, em que todos gostaríamos de estar a viver as nossas vidas de outra forma, temos de ser muito ponderados. E não há qualquer contradição entre este dever e a sinalização de determinados dias específicos da nossa vida coletiva, porque a faremos dentro destas regras”, afirmou Marta Temido na conferência de imprensa de atualização de informação relativa à infeção pelo novo coronavírus.
De acordo com a ministra, “nestes dias de particular dificuldade, ter boa saúde mental é, também, ter uma boa capacidade de resistir e permanecer no rigoroso cumprimento que de nós se espera, que é o isolamento até que tenhamos estabilidade [no controlo da infeção]”.
Quanto às celebrações do 25 de Abril, a ministra notou que uma coisa são as comemorações “tradicionais”, com pessoas na rua, abraçadas, e outra será o que está previsto realizar-se para assinalar a data este ano, ainda a ser detalhado e programado.
“Podem as pessoas ficar tranquilas e descansadas. De forma nenhuma deixaremos que um dia ou um gesto coloquem em causa um esforço coletivo”, assegurou.
A Assembleia da República estima que participem cerca de 130 pessoas na sessão do 25 de Abril, entre deputados e convidados, contra os cerca de 700 do ano passado, devido às restrições impostas pela pandemia de Covid-19.
Numa nota sobre a sessão solene comemorativa do 46.º aniversário do 25 de Abril de 1974, o gabinete do Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, referiu na sexta feira que o figurino habitual da cerimónia, que classifica como “um dos momentos altos da agenda parlamentar”, será “naturalmente adaptado, quer do ponto de vista organizativo, quer do ponto de vista do número de convidados, embora sem perder de vista a dignidade da cerimónia”.
Mais de 108 mil pessoas tinham já assinado, ao final da tarde de hoje, uma petição ‘online’ a pedir o “cancelamento imediato” da sessão solene de comemoração do 25 de Abril na Assembleia da República.