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Francisco Rodrigues dos Santos teve 65,7% dos votos no congresso e é eleito o novo líder do CDS

30 Janeiro 2020
Francisco Rodrigues dos Santos teve 65,7% dos votos no congresso e é eleito o novo líder do CDS
Política
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A comissão política nacional do CDS, presidida por Francisco Rodrigues dos Santos, de 31 anos de idade, foi eleita no passado domingo com 65,7 por cento dos votos dos delegados ao 28.º congresso nacional do partido, que decorreu em Aveiro, recolhendo 865 votos favoráveis.
Quanto à eleição do Concelho Nacional, órgão mais importante entre congressos, a lista de Francisco Rodrigues dos Santos obteve 51,9 por cento (678 votos).
O novo líder do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos agradeceu aos militantes por terem ajudado o partido a fazer “prova de vida”, e que o CDS tem “um papel insubstituível” em Portugal para “combater as esquerdas”.
Francisco Rodrigues dos Santos entrou na sala do Congresso por volta das 15:16 horas do passado domingo, aplaudido por apoiantes. Quando subiu ao púlpito para fazer o seu primeiro discurso enquanto líder dos centristas, “Chicão” começou o seu discurso com o cântico: “Portugal, Portugal, Portugal”.
Depois, anunciou que o papel do CDS era insubstituível. E não só era insubstituível, como “nasce sempre mais forte” e pronto a “combater as esquerdas e o socialismo vigente em Portugal”.
“[Este Congresso] foi uma prova de vida para o CDS. E para aqueles que achavam que o CDS poderia estar a viver um período de definhamento, desenganem-se. O seu papel é insubstituível e indelével na nossa democracia e estamos aqui para combater as esquerdas e o socialismo vigente em Portugal”, disse Francisco Rodrigues dos Santos.
Posteriormente, garantiu que o CDS pertence “aos militantes” e não a “nenhum presidente”.
Quando chegou este domingo ao Congresso, Francisco Rodrigues dos Santos já tinha dito que o CDS iniciava um novo ciclo na sua vida. Agora, durante o seu discurso, acrescenta que o “CDS se deve reconciliar com todo o seu passado”, pois não tem “arrependimentos permanentes com a história”, salientando que “no CDS todos fazem falta” e “ninguém está a mais”.
Na primeira parte do seu discurso, Francisco Rodrigues dos Santos elogiou Filipe Lobo d’Ávila, que foi candidato e aceitou ser vice-presidente da sua direção, pela sua “abnegação, talento, capacidade, humanidade, por reconhecer que o CDS é muito maior que aquelas pequenas diferenças” que os congressos evidenciam.
João Almeida, que saiu derrotado do congresso, foi aplaudido de pé pelos os delegados aos congresso, depois de Francisco Rodrigues dos Santos sublinhar um elogio.
“[É] um dirigente que todos admiramos, homem estimável, que continuará a ser muito útil ao nosso partido na sede parlamentar, a apresentar ideias, propostas e deixar CDS orgulhoso”, afirmou Francisco Rodrigues dos Santos.
Mais à frente no discurso, Francisco Rodrigues dos Santos voltou a elogiar o deputado: “é verdade que eu não estarei sentado no parlamento, mas estará sentado um fantástico grupo de deputados da mesma craveira e capacidade do João Almeida”, disse Francisco Rodrigues dos Santos.
Um terceiro elogio foi para António Carlos Monteiro, apoiante de João Almeida, que aceitou ser vice-presidente, destacando a sua “experiência, cultura, mundividência, determinantes no processo de reorganização”.
Na Moção de Estratégia Global Voltar a Acreditar, de Francisco Rodrigues dos Santos, a mais votada pelo 28.º Congresso do CDS, na qual os militantes são tratados por tu, o atual líder da Juventude Popular (JP) propõe-se devolver a “coerência, previsibilidade e segurança à palavra do CDS-PP, recuperando o património conquistado sob cerco e debaixo de fogo: a âncora da direita no regime, a fronteira de todos os extremismos, o porto seguro dos valores da democracia cristã”.