O rio Ave galgou hoje as margens na freguesia de Touguinha, em Vila do Conde, distrito do Porto, forçando o corte de uma estrada que dá acesso à zona industrial local, confirmou o comandante dos bombeiros vilacondenses.
“O caudal subiu e obrigou a fecharmos a estrada que serve de acesso a algumas empresas, condicionando a sua atividade. Nessa zona não se verificaram inundações nos edifícios, e a tendência é que o nível das águas baixe até às 16 horas e a estrada possa ser, entretanto, reaberta”, disse Joaquim Gomes, comandante dos Bombeiros de Vila do Conde.
Também nessa zona estão os armazéns centrais dos serviços de recolha de lixo e limpeza urbana da Câmara Municipal de Vila do Conde, que devido ao corte da estrada têm a sua atividade condicionada.
Já na parte ribeirinha da cidade, junto à foz do rio Ave, a subida das águas provocou inundações em algumas garagens e caves, numa situação onde, segundo Joaquim Gomes, “não há muito a fazer senão esperar que o nível das águas baixe”.
A passagem da depressão Elsa, em deslocação de norte para sul, provocou em Portugal dois mortos, um desaparecido e deixou perto de 80 pessoas desalojadas, registando-se entre quarta feira e as 12 horas de hoje cerca de 7.000 ocorrências, na sua maioria inundações e quedas de árvores.
Num balanço feito ao início da tarde, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) referiu que os distritos mais afetados são Porto, Viseu, Aveiro, Coimbra, Braga e Lisboa.
Segundo a Proteção Civil, até às 20 horas deverá verificar-se um agravamento do estado do tempo, sendo depois expectável que a situação comece a estabilizar.