Última hora

Orçamento da Câmara Municipal de Vila do Conde aumenta 3 milhões de euros no ano de 2020

19 Novembro 2019
Orçamento da Câmara Municipal de Vila do Conde aumenta 3 milhões de euros no ano de 2020
Local
0

A Assembleia Municipal de Vila do Conde debateu na passada quinta feira o orçamento da Câmara, para 2020, que regista um aumento de cerca de 3 milhões de euros.
O documento, aprovado em reunião do executivo vilacondense, do distrito do Porto, contempla um investimento de 56,5 milhões de euros, superando o de 2019, que se cifrou nos 53,6 milhões de euros.
“As Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2020 espelham a determinação de um programa com o qual nos comprometemos com os vilacondenses e que estamos a levar a efeito”, disse a presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde, Elisa Ferraz, que lidera o executivo através do movimento independente NAU.
A autarca elegeu como grandes eixos do documento “a redução da dívida do município, a da redução do IMI, e um forte investimento nas obras municipais”.
Em relação à redução da dívida, o plano gizado passa pela diminuição da mesma, num prazo de cinco anos, de 52,8 para 30,6 milhões de euros, enquanto no âmbito do IMI está projetada a fixação da taxa nos 0,36%, mantendo a aposta na redução para os agregados com famílias numerosas.
No que diz respeito às obras municipais, Elisa Ferraz fala num investimento de “15 milhões de euros” em todo concelho, manifestando “a continuidade no apoio às juntas de freguesia e ao movimento associativo concelhio”, que em termos orçamento registará um aumento de 11 por cento.
“Não temos orçamento para grandes obras, mas sim para intervenções que influem diretamente com a vida diária das pessoas, nomeadamente na rede viária, nos arranjos públicos, as escolas, e equipamentos”, disse a presidente da Câmara de Vila do Conde.
Elisa Ferraz “falou em intervenções realistas”, garantindo que todas as freguesias do concelho foram tratadas “em pé de igualdade”.
Opinião semelhante manifestaram os eleitos do PS, a maior força de oposição no executivo vilacondense, com o líder socialista António Caetano, a justificar a posição de abstenção ao documento.
“Propusemos uma inversão trajetória da carga fiscal para as pessoas e empresas, nomeadamente na derrama que defendemos que, para alguns setores de atividade e para pequenos e médias empresas, fosse diferenciada”, explicou o socialista.
António Caetano notou, ainda, “um evidente atraso nos investimento municipais que estão prometidos desde o início do mandato” e recuperou que “muitos dos investimento, com fundos comunitários, foram pensados, projetados, programados e aprovados no mandato de 2013 e 2017, quando PS liderava a Câmara”.
Em desacordo com a perspetiva da presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde, mostrou-se Constantino Silva, único vereador do PSD no executivo, que votou contra as Grandes Opções do Plano e Orçamento.
“Continua a investir-se milhões na freguesia de Vila do Conde, e tostões nas restantes. Há uma grande disparidade. Assistimos a uma grande concentração de equipamentos na cidade, que mesmo sendo necessários, não justificam que nas restantes freguesias continuem a faltar”, disse o social-democrata.
Constantino Silva falou ainda numa “carga fiscal muito pesada para os vilacondenses”, considerando que “as melhorias na situação financeira da autarquia davam margem para aliviar impostos como o IMI e a derrama”.