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Juiz de Vila do Conde tira dúvidas no terreno sobre morte em acidente na Póvoa de Varzim

15 Maio 2019
Juiz de Vila do Conde tira dúvidas no terreno sobre morte em acidente na Póvoa de Varzim
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Um juiz de Vila do Conde vai tirar dúvidas sobre a morte de um condutor da Póvoa de Varzim no local do acidente, num processo em que o Ministério Público acusa o outro automobilista envolvido de homicídio por negligência.
Fonte judicial disse que alguns testemunhos em sala de audiência suscitaram dúvidas que o magistrado judicial quer esclarecer “in loco”, numa diligência em que se fará acompanhar do procurador do processo e outros intervenientes processuais.
Em causa está uma colisão ocorrida na véspera de Natal de 2016 no entroncamento da Estrada Nacional 13 (EN 13) com a Rua Padre Dias Junqueira, na Estela, Póvoa de Varzim, num processo em julgamento na Instância Local Criminal de Vila do Conde.
O embate envolveu um automóvel de matrícula francesa, mas guiado por um português, que circulava no sentido norte-sul da EN 13, e o condutor sexagenário de uma carrinha que pretendia entrar, a partir da via local, na estrada nacional, em direção a sul, e que veio a morrer na sequência da colisão.
“O acidente ficou a dever-se à velocidade excessiva de que o arguido ia animado, bem como à falta de cuidado, à inconsideração e à falta de destreza com que agiu, pois sabia que, sendo a via marginada por edificações e atenta a proximidade de um entroncamento e duma passagem para peões, não podia circular à velocidade a que o fazia”, afirma o Ministério Público na acusação em que lhe imputa um crime de homicídio por negligência.
Ainda segundo o Ministério Público, o arguido circulava a uma velocidade “nunca inferior a 115 quilómetros/hora”, pelo que “não conseguiu fazer parar o veículo que conduzia e embateu violentamente” na carrinha, numa altura em que “era bom o estado do tempo e o piso encontrava-se em bom estado de conservação”.
Em consequência do acidente, o condutor da carrinha “sofreu lesões traumáticas craniomeníngeas, torácicas e abdominopélvicas (…) de que resultou, como efeito necessário, a sua morte”, salienta, ainda, o Ministério Público.